Os maringaenses assistiram
em 2012 a avanços nunca antes vistos no setor de construção civil. No
período foram liberados para construção mais de 1,37 milhão de metros
quadrados. O número é recorde no município - e quase 26% maior do que o ano
anterior.o. Crescimento maior ainda teve o número de empregos gerados:
foram 1.887, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), contra um saldo de apas 49 vagas em 2011.
“Foi
um de nossos melhores anos de toda a história. Só não arrumou emprego quem
não quis. Ainda hoje sobram muitas vagas no setor”, comentou o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil
e do Mobiliário de Maringá (Sintracom), Jorge Moraes. O que justifica
essa alta, segundo especialistas, é a quantidade de grandes obras - que ainda
estão em andamento.
“São
obras de grande porte e que ainda estão em fase de conclusão”, destacou o
secretário de Planejamento, Laércio Barbão. E na pasta, quase 90%
dos projetos de liberação de construção são de imóveis residenciais, o que
acarreta uma diversificação maior na necessidade de mão de obra. “Notamos
uma demanda grande de trabalhadores em diversos setores de uma obra.
Desde serventes a carpinteiros, por exemplo. As empresas que nos procuram
têm grande dificuldade em encontrar essas pessoas”, comentou o chefe
da Agência do Trabalhador de Maringá, Maurílio Mangolin.
Nos canteiros
de obra, o trabalho é intenso para cumprir prazos e metas. Se não há
mão de obra qualificada na cidade, há empresas que trazem trabalhadores
de outros municípios. “Aqui temos gente de cidades do Estado
de São Paulo e de outros municípios do Paraná. Tem oportunidade pra
todo mundo, até para quem não tem experiência. Hoje, as empresas oferecem
muitas condições para quem quer”, comentou o técnico de segurança de
trabalho de uma grande construtora, Silvio Sena.
Ele próprio é um dos exemplos. Há mais
de 6 anos, trabalha nos canteiros de obra. “Vale a pena. Ainda mais quando
a gente trabalha em uma empresa que incentiva o crescimento do
funcionário. O pessoal trabalha bem mais animado”, ressalta. Somente na obra em
que ele trabalha, são 220 operários.
Eles vão erguer duas torres de 19
andares cada. O prédio deve ficar pronto em abril de 2014. E se
depender dos empresários do setor, o grande momento deve continuar por
alguns anos. É o que espera o presidente do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Noroeste do Paraná (Sinduscon-Nor), Mauro Carvalho
Duarte Júnior.
“Na verdade, esse número positivo é um
embalo que teve antes de 2012 e não parou. Estamos otimistas, e já no
primeiro trimestre deste ano esperarmos ter um crescimento nesse ritmo”,
disse.
Ainda segundo Duarte, outros fatores
favorecem essa alta no setor. “Tivemos recentemente bons incentivos do
governo,como a redução de impostos trabalhistas para a construtoras, que
facilitaram o desenvolvimento.”
E para quem busca uma oportunidade em
uma das áreas de maior expansão do País, a dica dos especialistas é
buscar qualificação. “Há muitas empresas que não oferecem treinamento. Por
isso, se o trabalhador tem um curso que o habilita para atuar em
qualquer ramo da construção, basta ele se dedicar que consegue uma
oportunidade. No ano passado, por exemplo, tivemos vagas todos os meses”,
ressaltou o chefe da Agência do Trabalhador.
Para o técnico de segurança
de trabalho, basta ter força de vontade. “Se o trabalhador se
esforçar, dentro de uma obra ele pode crescer e ter boa remuneração. Já
vi gente que entrou como servente e hoje opera máquinas e tem
um bom salário”, comenta Sena.
FONTE: Leonardo Filho - O Diário
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