Com a injeção de mais de
R$ 2 bilhões em financiamentos mais baratos para a indústria do setor e a
redução da carga tributária na construção civil, o Governo Federal quer
reaquecer o segmento. A medida foi anunciada ontem pelo ministro da fazenda
Guido Mantega. Em Maringá, a notícia surpreendeu e, ao mesmo tempo, animou
representantes do setor.
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De acordo com o
empresário, após uma grande alta dos preços, ocorrida há pouco mais de um ano,
o mercado passou por uma estabilização. "Houve uma alta significativa no
valor dos imóveis, mas, hoje, a situação está equilibrada. Mesmo assim, o giro
é grande em Maringá. Pessoas de outras cidades e até países investem
aqui", destacou.
O
presidente do sindicato que representa as revendas de produtos para a
construção civil (Simatec), Valdeci Aparecido da Silva, também ficou animado
com a notícia. "Para 2012, projetamos crescer 10%, mas aumentamos, em
média, 8% o nosso faturamento. Foi um bom crescimento. Para 2013, a nossa
estimativa é de que a gente cresça em torno de 8%", ponderou.
O presidente do
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário
(Sintracom), Jorge Moraes, ficou surpreso com a informação. Segundo ele, hoje,
a principal necessidade é a de mão de obra qualificada. "Falta gente em
todos os setores da construção. As empresas sabem disso e se programam para
evitar que a obra fique parada", ressaltou.
Segundo Moraes, cerca de 10 mil pessoas dependem, hoje, da
construção civil em Maringá e região. "A remuneração está boa. O bom
profissional ganha o quanto quiser na profissão. Com essa medida, a situação
deve ficar ainda melhor", declarou.
As mudanças começam a
valer a partir de março do ano que vem. Além da injeção para o financiamento,
as empresas do setor passarão a recolher a contribuição previdenciária dos
trabalhadores com uma alíquota de 2% sobre o faturamento bruto - a alíquota de
20% sobre a folha de pagamento será zerada. Com isso, a renúncia fiscal da
Receita Federal será de R$ 2,85 bilhões em 2013.
Mantega
ressaltou que a medida é de caráter permanente. De acordo com a legislação em
vigor, criada no programa Brasil Maior, a desoneração da folha de pagamentos
vai até dezembro de 2014.
Segundo
o ministro,hoje, as empresas recolhem R$ 6,2 bilhões, por ano, à Previdência.
Com a nova fonte de tributação (o faturamento bruto, e não mais a folha de
pagamento), vão pagar R$ 3,4 bilhões anuais.
"São
R$ 2,8 bilhões a menos que o setor pagará para o ano. Poderá reduzir preços dos
imóveis, aumentar produtividade e ampliar os investimentos no setor",
declarou Mantega.
Fonte: O Diário (Leonardo Filho)
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