segunda-feira, 25 de março de 2013

Bairro finlandês é exemplo de inteligência urbana.



Está em andamento um projeto pioneiro na região de Kalasatama, em Helsínquia, Finlândia. O objetivo é criar uma rede elétrica inteligente, apoiada em normas industriais, que possa apoiar um sistema elétrico estável, seguro, eficiente e sustentável do ponto de vista ambiental.

Esta rede, por sua vez, vai garantir que o excesso de energia proveniente das próprias fontes renováveis na região – como painéis solares ou turbinas eólicas – possa ser interligadas na rede elétrica. Assim, os clientes poderão interagir com o operador da rede e com o mercado da eletricidade, reduzindo os picos de procura e aumentando a eficiência.

O projeto-piloto teve início no ano de 2010, quando foram postas em andamentos e testadas as últimas soluções de redes inteligentes em Kalasatama, tal como a rede de média tensão em anel fechado – a primeira deste tipo no mundo. Esta tecnologia pioneira foi concebida para garantir distribuição e uso eficiente da eletricidade.

Na rede em anel, a eletricidade é fornecida de forma contínua a partir de duas direções, com proteções separadas em cada seção. Isto implica que, em caso de falha, a seção correspondente fica instantaneamente isolada e a energia continua a fluir sem interrupções em direção às secções sem avaria. Isto, em conjunto com as subestações controladas remotamente, reduz a duração dos cortes de tensão, por exemplo.

Agora, por outro lado, o sistema de armazenamento de energia com capacidade superior a 1 MW será ligado à subestação que está atualmente a ser construída em Kalasatama. Este sistema controla ativamente a frequência e fornece energia instantânea, caso se verifique uma falha de alta tensão, até que os geradores de reserva entrem em funcionamento.

No âmbito do projeto, serão construídas habitações para 18 mil pessoas e criados cerca de 10 mil postos de trabalho até 2030. O objetivo é desenvolver o distrito de modo a que se torne um exemplo de cidade inteligente, demonstrando que um sistema de energias renováveis eólicas e solares pode suportar ambientes urbanos em contínua expansão.

Vejam as imagens do projeto piloto:













terça-feira, 19 de março de 2013

Inovação na Engenharia Civil constroem prédios "verdes"



Que tal morar numa floresta vertical? Até o final de 2013, um grupo de italianos sortudos vai saber exatamente qual é a sensação de viver no meio de tanto verde em pleno centro urbano de Milão. É que as obras no primeiro prédio do mundo a abrigar uma floresta vertical, o Bosco Verticali, estão em pleno vapor e com previsão de término ainda para este ano.

A firma de arquitetura Stefano Boeri divulgou imagens recentes do empreendimento, que é composto de duas torres, com 76 e 110 metros respectivamente. Nas fotos, árvores atravessam o céu de Milão, erguidas por guindastes, para pousar na varanda dos apartamentos.

Mais de 900 árvores vão ocupar as varandas das duas torres, ajudando a filtrar a poluição do ar e garantir um clima ameno no interior durante o verão.

Para evitar o desperdício e como prova de sua vocação ecológica, toda a irrigação da floresta vertical será feita com água de reuso. Sistemas da geração de energia eólica e fotovoltaica ajudarão a deixar o prédio ainda mais sustentável.

O projeto, no bairro de Isola, nasceu com a ideia de fazer frente ao crescimento urbano e a “cimentação” da cidade, que muitas vezes ignoram a necessidade de áreas verdes.

Segundo seus criadores, a utilização de áreas verticais é uma forma de reinserir a natureza na área urbana sem que seja preciso expandir o território da cidade.


terça-feira, 12 de março de 2013

GERADOR TRIBOELÉTRICO CAPTURA ELETRICIDADE ESTÁTICA.


Triboeletricidade

A possibilidade de recarregar seu celular ou notebook com a energia gerada pelo seu próprio andar está, literalmente, um passo mais próxima.

Pesquisadores chineses e norte-americanos descobriram uma forma inédita de converter eletricidade estática em energia suficiente não apenas para recarregar baterias de aparelhos portáteis, para usos bem mais potentes.

Qualquer criança sabe que é possível gerar eletricidade estática esfregando dois materiais.

Contudo, e por incrível que possa parecer, até hoje os cientistas não sabem explicar as raízes da eletricidade estática, o chamado efeito triboelétrico.

Isso tem impedido a exploração da triboeletricidade como uma fonte prática de energia.


Gerador que captura eletricidade estática

"Vários desses [geradores triboelétricos] podem ser empilhados em dispositivos muito maiores, onde o movimento cíclico poderá vir, por exemplo, das rodas de um carro, do vento ou das ondas do mar."[Imagem: Zhu et al./Nano Letters]

Agora, Zhong Lin Wang e seus colegas fizeram justamente isto, construindo um gerador de eletricidade capaz de capturar a eletricidade estática com um rendimento excepcionalmente alto.

Os pesquisadores revestiram uma superfície de polímero - um plástico - com uma fina camada de ouro, com poucos átomos de espessura, e adicionaram mais ouro, mas na forma de nanopartículas, por cima do filme.

Acima desta superfície, foram inseridas pequenas molas, medindo cerca de um milímetro cada uma.

Finalmente, foi colocada uma segunda placa de polímero semelhante à primeira, mas sem as nanopartículas.

De cada uma das placas plásticas recobertas com o filme metálico saem os eletrodos para capturar a eletricidade.

"Quando as duas superfícies são pressionadas, produz-se um atrito que provoca o efeito triboelétrico," explica Wang. "Um lado ganha elétrons, o outro lado perde elétrons."

Quando as superfícies são então separadas pela ação das molas, as cargas permanecem separadas e podem ser conduzidas pelos eletrodos para realizar um trabalho útil, por exemplo, para recarregar uma bateria.


Eliminando o ouro

Um tapete triboelétrico como esse poderá ser colocado na forma de uma palmilha nos sapatos, ou como um tapete mesmo, aproveitando áreas com grande fluxo de pessoas.

Mas há outras possibilidades

"Vários desses [geradores triboelétricos] podem ser empilhados em dispositivos muito maiores, onde o movimento cíclico poderá vir, por exemplo, das rodas de um carro, do vento ou das ondas do mar," avalia Wang.

Essa possibilidade é mais real do que parece, uma vez que é possível dispensar o ouro utilizado nos experimentos, que encareceria demais um gerador comercial.

"As nanopartículas são usadas para aumentar a área superficial do material, de forma a aumentar a transferência de cargas. Mas não precisa ser ouro - praticamente qualquer metal vai funcionar," garante o pesquisador.


Gerador triboelétrico de alta potência

Usando um gerador triboelétrico de 5 centímetros quadrados, a equipe gerou eletricidade suficiente para acender um conjunto de 600 LEDs, produzindo picos de energia de até 1,2 watt.

Se o sistema for ampliado, um único gerador de 1 m2 poderá produzir mais de 300 watts, desde que haja movimento ritmado suficiente.

O protótipo apresentou uma densidade de energia por área de 313 W/m2, e uma densidade de energia por volume de 54.268 W/m3, medidos em circuito aberto.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Aumento das mulheres nas engenharias.



 A participação feminina na área tida tradicionalmente como terreno dos homens tem aumentado nos últimos anos, mas ainda há muito o que avançar. Segundo matéria publicada no site do Senge-DF, intitulada “Além dos estereótipos” dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) de 1991 apontavam que elas representavam 17% do número de matrículas na graduação em engenharias; em 2000, passaram a 19%; e em 2008, 21%. Hoje, são quase 30% do total. A informação tem por base o Censo de 2011 do Inep, que mostra, contudo, a prevalência ainda nas áreas de ciências sociais aplicadas e humanas. Independentemente de gênero, correspondem a 43% das matrículas em cursos presenciais (33% desse total destinadas às mulheres); já as engenharias, a apenas 11%. Desse percentual, 8% das vagas vão para os homens e 2,8% para as mulheres. Quem apresenta os dados é Hildete Pereira de Melo, professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) e coordenadora dos programas de educação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

 Ela lembra que as mulheres eram analfabetas no começo do século XX e hoje são mais escolarizadas que os homens, ocupando 55% das cadeiras universitárias – número que salta para 68% na educação a distância. Porém, como as estatísticas mostram, suas escolhas ainda se alicerçam no “estereótipo feminino”. “As mulheres são treinadas para os cuidados, para tomar conta da vida, para reproduzi-la. No mercado de trabalho, carregam esse destino da maternidade. Os homens têm uma dificuldade enorme de absorver essa questão, daí as carreiras de engenharia e tecnologia e das ciências da computação têm prioridade mais baixa entre elas.”

 Não obstante, mudança está em curso. A grande novidade, na concepção de Melo, é que nas engenharias, entre as jovens que procuram bolsas de graduação no exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, elas somam 38%. “É muito significativo.” Além dessas iniciativas que podem estimular o ingresso feminino na área, a preocupação está presente na abertura de cursos novos, como o de engenharia de inovação, a ser oferecido pelo Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), cujo mantenedor é o Seesp. “Pretendemos valorizar a inclusão da mulher em nossa graduação”, ratifica o diretor-geral da instituição, Antonio Octaviano.

Mercado de trabalho

 Pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Rosa Lombardi concorda que há uma evolução, sobretudo dos anos 2000 para cá, “tanto no número de matrículas e conclusões quanto no mercado de trabalho”. Mesmo assim, no exercício da profissão, a presença masculina é majoritária. Conforme divulgado no EngenhariaData – Sistema de Indicadores de Engenharia no Brasil, do Observatório de Inovação e Competitividade, vinculado ao Instituto de Estudos Avançados da USP (Universidade de São Paulo), os postos de trabalho entre 2006 e 2010 na área elevaram-se de 81.353 para 197.410, mas a participação feminina se manteve estável no período, em 18%. No âmbito regional, Maria Odinéa Melo Santos Ribeiro, diretora Regional Norte da FNE e do Senge-MA, ilustra: “O sindicato, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, através do Grupo de Estudos e Pesquisas Trabalho e Sociedade, divulgou em abril de 2010 a elaboração do cadastro e perfil de seus associados. O levantamento revelou que as mulheres eram 11,2%, percentual que pode ser projetado para a participação da maranhense no mercado de trabalho nas carreiras da engenharia, da agronomia e da arquitetura.”

 As engenharias se mantêm lamentavelmente entre as únicas cinco carreiras em que as mulheres são minoria, de acordo com reportagem publicada em 7 de janeiro último pelo O Globo, baseada em dados do Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outra diferença é quanto aos salários e funções. “A engenharia, tempos atrás, só permitia trabalho feminino no campo de projetos, civil e elétrica. Hoje, encontramos um grande número de mulheres em todos os postos, de nível médio e superior. No que se refere a cargos de chefia, encontramos até presidentas, porém em menor quantidade que os homens. E nas empresas em que não há plano de cargos, infelizmente os salários ainda são menores”, destaca Clarice Maria de Aquino Soraggi, diretora Regional Sudeste da FNE. Presidente do Senge-CE e diretora de relações institucionais da federação, Thereza Neumann Santos de Freitas salienta: “Mesmo com toda a evolução, a realidade mostra que se faz necessário muita luta e conquista em favor da igualdade e valorização da mulher que atua na engenharia, principalmente em relação à remuneração justa.”

 A despeito disso, para Maria de Fátima Ribeiro Có, diretora de relações internas da FNE, a profissão deixou de ser tabu quanto ao gênero. “Exceto por uma cultura antiga e superada de que a engenharia é masculina, não há nenhum motivo para as mulheres não participarem da profissão tanto quanto os homens. Tanto que sua presença vem crescendo paulatinamente, mas é necessário avançar nisso”, ressalta Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da federação. Nesse contexto, ele considera que tanto as escolas de engenharia devem atrair as jovens estudantes quanto os gestores do setor têm que pensar em políticas que tornem a área um lugar atrativo para a mulher. “O Brasil que vai precisar cada vez mais de mão de obra qualificada de alto nível, especialmente de engenheiros, ao seu desenvolvimento não pode abrir mão de mais de 70% desses cérebros, como ocorre hoje”, conclui.

 Melo complementa que é mister “política pública de incentivo a que as meninas não escolham já na transição do ensino fundamental para o médio, como acontece atualmente, um futuro como o de sua avó, mas que possam vislumbrar a não necessidade de sacrificar uma carreira pela questão de gênero”. E assevera: “Na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, através do Programa Mulher e Ciência e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), estamos gestando um programa específico sobre isso.”

terça-feira, 5 de março de 2013

Curso de Pós - Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho: Qual sua importância?


  A FEITEP - Faculdade de Engenharias oferece o curso de Pós- Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, mas afinal, quem são esses profissionais? O que fazem? Onde atuam?


  A Engenharia de Segurança do trabalho é o ramo da engenharia responsável por prevenir riscos à saúde e à vida do trabalhador. O engenheiro de segurança do trabalho tem a função de assegurar que o trabalhador não corra risco de acidentes em sua atividade profissional, sejam eles danos físicos, sejam danos psicológicos. Esse profissional administra e fiscaliza a segurança no meio industrial, organiza programas de prevenção de acidentes, elabora planos de prevenção de riscos ambientais, faz inspeções e emite laudos técnicos. Assessora empresas em assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando instalações e os materiais e processos de fabricação utilizados pelo trabalhador. Orienta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) das companhias e dá instruções aos funcionários sobre o uso de equipamentos de proteção individual. Pode, ainda, ministrar palestras e treinamentos e implementar programas de meio ambiente e ecologia.

  Dados de 2009 do Ministério da Previdência mostram que o número de acidentes de trabalho no Brasil cresceu 86,5% entre 1999 e 2009, e o governo já declarou que a quantidade pode ser ainda maior. Para completar o cenário, a economia brasileira encontra-se em um momento de expansão, com produção industrial sólida em diversos setores. Mais companhias produzindo mais significa mais trabalhadores em atividade - o que, em princípio, pode aumentar o número de acidentes. "Qualquer tipo de empresa precisa do engenheiro de segurança no trabalho, especialmente aquelas que concentram maior risco à saúde dos funcionários", afirma o professor Luiz Felipe Silva, coordenador do curso da Unifei. Assim, companhias de áreas como siderurgia, mineração e metalurgia aquecem o mercado para esse profissional. O engenheiro encontra com facilidade emprego em empresas de médio e grande portes, que mantêm equipes para cuidar de assuntos relacionados à segurança. Como autônomo, pode prestar consultoria a empresas, elaborando laudos ergonômicos e avaliações de riscos físicos. Em todas as regiões do país existe demanda, mas o Sudeste, por reunir o maior número de grandes indústrias e companhias, concentra o maior número de vagas. 

  Salário inicia: R$ 3.270,00; fonte: Confea