sábado, 9 de novembro de 2013

CIDADE DE SANTANDER GANHA INTELIGÊNCIA COM A INSTALAÇÃO DE 12MIL SENSORES.


Transformada num grande laboratório, a espanhola Santander testa tecnologias que podem transformar a vida nas cidades ao redor do mundo

A cidade de Santander, na Espanha, vem atraindo especialistas em tecnologia e urbanismo do mundo inteiro. Eles vão até lá para ver uma rede de 12 mil sensores ligados a computadores que estão poupando energia e água, reduzindo congestionamentos e transformando a vida dos cidadãos.

Os sensores ficam escondidos em cavidades no chão ou presos a luminárias, ônibus e lixeiras. Eles medem a poluição do ar, determinam se as vagas de estacionamento estão livres e se há pessoas numa área específica. Informam onde estão os ônibus e se as lixeiras estão cheias ou vazias.

Esses dados são processados num laboratório da Universidade da Cantábria e distribuídos em tempo real a quem precisa dessas informações. O serviço de coleta de lixo, por exemplo, fica sabendo quais lixeiras devem ser esvaziadas. Alertas de poluição atmosférica ou sonora são emitidos quando necessário.

Com base nos dados coletados, a intensidade da iluminação pública é reduzida para poupar energia em locais onde não há pessoas. E a irrigação dos jardins é ajustada em função da umidade do solo.

Já os cidadãos interagem com o sistema por meio de aplicativos móveis e sites na web. Apps permitem, por exemplo, encontrar vagas para estacionar ou saber quando vai chegar o próximo ônibus. Se alguém aciona o smartphone perto de uma loja, pode ver as ofertas dela. 

Os cidadãos também se comunicam com a administração municipal. Se alguém quiser informar sobre um buraco na rua, por exemplo, basta fotografá-lo com o smartphone. A foto segue junto com a localização captada pelo GPS do aparelho. 

O aviso vai tanto para os responsáveis pelo conserto como para os políticos que devem fiscalizá-los. E os próprios cidadãos podem acompanhar a solução. Essa transparência reduziu o tempo para solução dos problemas de algumas semanas para alguns dias.

O projeto começou há três anos com um fundo de 6 milhões de euros vindos principalmente da União Europeia. Com 180 mil habitantes, Santander foi escolhida como laboratório para testar tecnologias que, depois, poderão ser levadas a cidades maiores.

Há outras cidades participando, mas nenhuma delas tem uma rede tão ampla quanto a de Santander. Numa entrevista à revista alemã Der Spiegel, o prefeito Iñigo de la Serna disse que nenhum dos sensores havia sido destruído por vandalismo.

Ele conta que houve certa desconfiança no início. Mas a população acabou aderindo rapidamente. Contribuíram para isso os cuidados com a privacidade no projeto. Os usuários não precisam se registrar para usar os apps e o sistema não identifica as pessoas individualmente. 

A participação popular na administração cresceu, já que os apps também permitem enviar sugestões. Centenas delas já foram recebidas pela prefeitura. E a cidade passou a economizar 25% na conta de energia elétrica e 20% nos custos de coleta de lixo.

De la Serna disse ao site NPR que seu próximo plano é implantar medidores inteligentes de água e energia com comunicação sem fio nas residências e empresas. Este vídeo da Telefônica, uma das empresas participantes do projeto, mostra a cidade de Santander, os sensores e o prefeito falando (em espanhol) sobre o projeto: 



FONTE: FEITEP

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasileiro é o novo Presidente da Federação Mundial de Engenheiros (FMOI).

No último sábado (14), o representante da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae) engenheiro mecânico Jorge Spitalnik foi eleito o novo presidente da Federação Mundial de Organizações de Engenharia (WFEO/FMOI). A eleição foi realizada em Cingapura, durante a programação do World Engineering Summit.  O presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, também eleito para presidir a União Pan-Americana de Associações de Engenheiros (Upadi) no mandato 2015-2017, e deu a notícia sobre a vitória do Brasil na FMOI durante o encerramento do 8º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), realizado em Gramado (RS).

O representante da Febrae Jorge Spitalnik atualmente coordena o Comitê de  Relacionamento ONU/FMOI e é integrante do Grupo de Trabalho de Energia Nuclear da mesma instituição. Engenheiro mecânico, ele também já presidiu a Academia Internacional de Energia Nuclear. 

A Febrae é a entidade que tem direito a voto na FMOI, sendo que apenas uma entidade por país possui o direito a voto. Nessa ocasião, Spitalnik também representou o presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, que presidia o 8º CNP. A eleição contou com 54 representantes de países votantes do mundo inteiro. 


Engenheiros brasileiros em contexto internacional



Ainda neste mês de setembro, foi realizada a cerimônia de posse do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), engenheiro eletricista Roberto Cavalho de Azevêdo, em Genebra, na Suíça. O embaixador brasileiro de 55 anos é o primeiro latino-americano a assumir a OMC.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A faixa de 2,5 GHz estará disponível para provedores de internet.


Pequenos e médios provedores de banda larga que atuam em todo o País vão ganhar uma nova faixa de frequência para oferecer acesso à internet fixa. Até o final de 2013, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai destinar a essas empresas a faixa de radiofrequência de 2.500 MHz a 2.690 MHz, nos locais onde estiver desocupada. A medida faz parte de portaria do Ministério das Comunicações, publicada na semana passada (18/09), no Diário Oficial da União.

Atualmente existem cerca de 3,8 mil provedores de pequeno e médio portes em atuação, principalmente no interior do  Brasil. Somados, eles representam a quinta operadora de banda larga fixa no País e investem mais de  R$ 1 bilhão por ano. “Vamos colocar novas frequências, vamos dar um espaço e oferecer uma política diferenciada para os pequenos provedores. Nós queremos é que o serviço de oferta à internet funcione”, afirmou o ministro das Comunicações (MiniCom), Paulo Bernardo.

 De acordo com a norma, a Anatel deve iniciar ainda este ano o processo de autorização da faixa de frequência adequado ao atendimento dos pequenos provedores. Os procedimentos para convocação e seleção dos interessados deverão preferencialmente ocorrer em formato eletrônico, permitindo a participação remota. Além disso, a norma estabelece que a agência faça um acompanhamento para garantir o uso efetivo do espectro que foi destinado às pequenas e médias empresas.

A faixa de frequência de 2.500 MHz a 2.690 MHz que será destinada aos provedores está atualmente desocupada. Ela faz parte da faixa de 2,5 GHz que foi leiloada entre as operadoras para a implantação da tecnologia 4G no Brasil. Com isso, os pequenos e médios provedores terão capacidade de oferecer internet fixa na tecnologia 4G, de alta velocidade.

Novos competidores

A portaria também estabelece que até o fim de 2014 a Anatel vai estudar a viabilidade de destinar faixas de frequência para a entrada de novas operadoras de banda larga em nível nacional. “Nós vamos oferecer mais alternativas que podem tanto ser ocupadas pelas grandes empresas ou podem permitir a entrada de novos concorrentes. Esse mercado precisa de uma chacoalhada”, disse Paulo Bernardo. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Concluídas as obras da P-55 da Petrobras.

Foram concluídas, esta semana, as obras da plataforma semissubmersível P-55. Nesta terça-feira (17/09), serão iniciados os testes de inclinação da plataforma e, após essa etapa, a P-55 seguirá para o Campo de Roncador, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.

Projeto integrante do Módulo 3 do Campo de Roncador, a P-55 ficará ancorada a uma profundidade de cerca de 1.800 metros e será ligada a 17 poços, sendo 11 produtores e seis injetores de água. A exportação de petróleo e gás natural da plataforma será realizada por dutos submarinos acoplados à unidade.

Com 52 mil toneladas, 10 mil m² de área, a P-55 é a maior plataforma semissubmersível construída no Brasil e começará a produzir em dezembro de 2013. Com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e tratar 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a plataforma é uma das maiores semissubmersíveis do mundo.

A obra gerou cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos e alcançou o índice de 79% de conteúdo nacional, proporcionado principalmente pelo fato de a construção e a integração terem sido feitas totalmente no Brasil. A edificação da plataforma foi realizada em duas partes construídas de forma simultânea, casco e topside, e posteriormente unidas.

O casco da unidade teve as atividades executadas no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, de onde seguiu para o Polo Naval, no Rio Grande do Sul, para continuidade dos serviços. No Polo Naval, foram feitas as instalações do convés e dos módulos, bem como a integração dos sistemas da plataforma. A construção dos módulos de Remoção de Sulfato e Compressão de Gás também foi feita no local. Outros módulos, entre eles o de Remoção de CO2, foram construídos em Niterói (RJ) e, depois de prontos, transportados até Rio Grande.

A operação que acoplou as duas grandes partes da plataforma (convés e casco), chamada de Deck Mating, é considerada o marco mais desafiador da construção da unidade e uma das maiores já executadas no mundo, em função do peso da estrutura (17 mil toneladas) e a altura a que foi levantada (47,2 metros). A manobra foi realizada dentro do dique-seco do ERG1, em junho de 2012, por meio do içamento do convés, técnica inédita no Brasil.

Dados da P-55

Processamento de petróleo: 180 mil barris/dia
Tratamento de gás: 4 milhões m /dia
Conteúdo Local: 79%
Tratamento de água de injeção: 48 mil m/dia
Geração elétrica: 100 MW
Lâmina de água: 1.800 m
Número de linhas de ancoragem: 16

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Voyager 1 cruza fronteira do Sistema Solar e é primeiro objeto humano no espaço interestelar.


A sonda espacial Voyager 1 se tornou o primeiro objeto feito por humanos a cruzar o limite do Sistema Solar e chegar ao meio interestelar. Há 36 anos vagando pelo espaço, a Voyager 1 está hoje a 19 bilhões de quilômetros do Sol. A conclusão foi apresentada por cientistas a partir da análise de informações enviadas pela sonda reunidas na edição desta quinta-feira da revista Science.

Cientistas já haviam cogitado em março que a sonda tinha deixado nosso Sistema Solar e atingido o abismo cósmico além dos confins do universo até então explorado pelo homem, mas a possibilidade não foi confirmada oficialmente à época. Apenas agora, porém, informações obtidas pela Nasa - a agência espacial americana - comprovam que a Voyager 1 tem viajado há cerca de um ano através de plasma (gás ionizado), presente no espaço entre as estrelas.

"Ao sair da heliosfera e se estabelecer nos mares cósmicos entre as estrelas, a Voyager se uniu a outros eventos históricos de exploração como a primeira circunavegação da Terra e os primeiros passos na Lua", afirmou  em um comunicado Ed Stone, cientista-chefe da missão. "Essa é a primeira vez que começamos a explorar o espaço interestelar."

A sonda espacial americana Voyager 1 é o primeiro veículo a iniciar a jornada pelo espaço profundo. Lançada da Terra em 1º de setembro de 1977, a missão vinha percorrendo as bordas da heliosfera mais rapidamente do que qualquer outro objeto fabricado pelo homem até hoje.

As duas sondas Voyager foram lançadas em 1977, com um mês de intervalo, e seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 1 já percorreu 19 bilhões de quilômetros desde e a Terra, e a Voyager 2 está atualmente a 15 bilhões de quilômetros do Sol. O programa de exploração tinha por objetivo estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas. A potência de suas baterias nucleares deve manter a missão ainda por alguns anos. Apenas por volta de 2030 não haverá mais energia na sonda.

Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.


Acompanhe a trajetória dos 36 anos da sonda Voyager 1: AQUI


Fonte: FEITEP

R$13 bilhões o que movimentam os edifícios sustentáveis no Brasil.

O mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia brasileira nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país.

A pesquisa, feita a pedido do GBC Brasil, braço local do americano Green Building Council, entidade que concede o selo Leed de construção sustentável, indica que o valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB total de edificações em 2012, que foi de R$ 163 bilhões.

De acordo com a consultoria, a demanda do consumidor por esse tipo de edifício e a crescente evidência de que eles conferem vantagens de mercado quantificáveis - que vão da economia de energia e corte de custos operacionais à valorização imobiliária – contribuem para a alta desse mercado.

“Percebemos que a certificação desperta interesse dos investidores, principalmente em empreendimentos comerciais de alto padrão”, diz Luiz Iamamoto, gerente sênior da EY.

Certificações

A pesquisa levou em conta projetos registrados para o selo Leed. Mas além das certificação americana, é possível pleitear o selo Aqua de construção sustentável, concedido pela Fundação Vanzolini.

Entre 2009 e 2012, o número de certificações de prédios segundo padrões ecológicos cresceu 412% no Brasil. São Paulo é o estado com mais edifícios certificados, seguido do Rio de Janeiro e do Paraná.

Infográfico mostra os números do mercado da construção sustentável no país.

Fonte: FEITEP

terça-feira, 10 de setembro de 2013

URUP: Método de escavação de túneis isento de poços de acesso.


A abertura de túneis viários pelo método não destrutivo ultra-rapid underpass (Urup) dispensa poços verticais para a máquina shield acessar a escavação. Com o Urup, a escavação começa e termina ao nível do solo: o shield é lançado na superfície, avança em uma curva vertical, percorre todo o subsolo escavando o túnel e atinge o ponto de chegada, no outro extremo, também ao nível da superfície.

Escavações com outros métodos não destrutivos (MNDs) já têm como característica a redução significativa da interferência em áreas urbanas por dispensar a abertura de valas. Os MNDs convencionais para abertura de túneis, entretanto, dependem da construção dos poços de acesso para a instalação e entrada de equipamentos de escavação.

Outra característica do método Urup, além de encurtar o tempo de abertura do túnel, é a redução da emissão de ruídos e de vibrações. A seção escavada do túnel pode, ainda, ser menor do que em outras técnicas, reduzindo a quantidade de solo escavado a ser dispensado. O Urup é uma técnica incipiente, criada no Japão. No Brasil, o método ainda não foi empregado em nenhuma obra. Confira alguns detalhes do procedimento.



1 Equipamento
Para a abertura de túneis com o método Urup é usado um shield chamado de Pressurized Tunnel Boring Machine (PTBM). As máquinas TBM são geralmente usadas em outros métodos não destrutivos de escavação de túneis viários e metroviários com acesso por poços verticais. Na abertura de um túnel na cidade de Kawajiri, no Japão, foi utilizado um shield de seção retangular - podem, ainda, ser usadas máquinas de seção circular, embora a seção retangular promova melhor aproveitamento da escavação. A PTBM pode utilizar cortadores laterais na parte frontal da máquina que, além do corte auxiliar, também atuam de anteparo contra a queda lateral do túnel durante a escavação. Esse recurso é utilizado conforme as condições do solo e do ambiente. A máquina é equipada com conjuntos de cabeças de corte superiores e inferiores, de modo que a parte superior pode seguir à frente da inferior para reduzir o impacto na superfície do solo. Cada cabeça de corte pode trabalhar de forma independente.

2 Lançamento
O shield é lançado a partir de uma base de apoio, de aço, disposta no ponto inicial da escavação, na superfície. A base acomoda o impulso do equipamento na partida da escavação. Se os cortadores laterais forem utilizados, a máquina já é lançada com esses elementos estendidos. A escavação pode contar, também, com injeção de lubrificante na parte superior da máquina para reduzir o atrito com o solo e diminuir a interferência. Enquanto a máquina estiver escavando na superfície, o controle é feito visualmente: é necessário que a área em que o solo é revolvido esteja exclusivamente à frente da escavação.

3 Escavação
O shield desce em uma curva vertical até atingir o ponto mais aprofundado da escavação e segue em nível - desde que, é claro, o projeto do túnel não preveja desníveis ao longo do percurso. A injeção de lubrificante pode ser feita durante todo o trecho de abertura do túnel. As técnicas e os sistemas usados para controle direcional durante a escavação são os mesmos utilizados nos MND convencionais: o uso articulado ou seletivo das cabeças de escavação se encarrega de garantir o direcionamento da frente de escavação.

4 Segmentos de concreto
O material excedente da escavação é retirado na medida em que o trabalho avança. Uma escavação com seção retangular e que atenda às dimensões do túnel produz menos material excedente e, portanto, um melhor aproveitamento do maciço escavado. Para construção do túnel, pode ser usado o procedimento de anéis de concreto - adotado em escavações TBM convencionais.

5 Finalização da escavação
A escavação é finalizada com a saída da máquina no nível do solo, em uma curva vertical ascendente. O procedimento é mais simples e menos crítico do que o lançamento da máquina. Nota-se a sublevação do solo quando o shield se aproxima da superfície.

Fonte: FEITEP

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

142 obras foram constatada irregulares em Maringá.

Construções foram paralisadas pelos fiscais da Prefeitura por apresentarem irregularidades. Iniciar as obras sem alvará é a causa mais comum

A Prefeitura de Maringá embargou neste ano 142 obras da construção civil. Isso significa que uma obra é paralisada na cidade a cada 40 horas. Para o gerente de Fiscalizações da Secretaria de Gestão, Adeilson Renato da Silva, o número assusta, mas é considerado baixo. "Fazemos muitas fiscalizações por mês. Em média poderíamos dizer que de cada 50 construções, uma é embargada no município", afirma.

Mais da metade desses embargos (75 casos) ocorreram em função do responsável ter iniciado as obras sem alvará. Cinquenta se regularizaram após a notificação. Onze foram multados por motivos como modificações de projetos originais, descarte irregular de resíduos, entre outros, e seis ainda aguardam recurso.

O alvará, segundo Silva, é essencial para iniciar a obra, pois assegura que os procedimentos obedecem a legislação. "Existem normas a serem verificadas antes de iniciar uma construção, como se o local planejado possibilita o tipo de construção desejada, análise do projeto para checar o recuo mínimo ou áreas permeáveis, entre outros".

Para agilizar a emissão do alvará, incentivando a legalização das construções, a Prefeitura criou o projeto "Agiliza Obras", que emite o documento em até 15 dias. "Reforçamos nosso setor de fiscalização para dar maior agilidade a este trabalho", diz o diretor de Fiscalizações, Marco Antônio Azevedo.

Outra causa comum de embargos são as reforma em apartamentos e casas antigas. "Toda obra que modifica o projeto original deve ter autorização da Prefeitura, além de ser acompanhado por um engenheiro civil.", diz Azevedo.

Para o gerente regional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) em Maringá, Hélio Xavier, o acompanhamento realizado em Maringá é eficiente. "São utilizadas tecnologias de georeferenciamento que registram o início de novas obras em toda a cidade, permitindo uma rápida fiscalização", explica.

Xavier ressalta, no entanto, que em muitos municípios os embargos são utilizados de forma política. "As fiscalizações não são eficientes, seja por falta de profissionais habilitados ou por motivos de apadrinhamento. É necessário responsabilidade, pois o embargo não é uma mera punição, mas uma garantia de segurança aos futuros usuários dos imóveis".

PRINCIPAIS CAUSAS
Falta de alvará
Reformas sem autorização
Obra diferente do projetado
Responsável sem habilitação
Descarte irregular de resíduos

Fonte: FEITEP

Toro, o robô que vai andar em ambientes desconhecidos.

Quando se trata de construir um robô humanoide, o jeito alemão de fazer as coisas não foge de sua praticidade característica.

Tudo começou em 2005, com um braço robótico ultraleve e flexível, um braço que nasceu pronto para ser usado na indústria - onde ele efetivamente já é usado.

Em 2009, dois desses braços e uma câmera foram suficientes para criar Justin, um robô fixo.

Em 2011, Justin ganhou mobilidade por meio de uma plataforma com rodas, tornando-se um dos primeiros robôs a serem controlados a partir da Estação Espacial Internacional.

Agora, as rodas deram lugar às pernas, marcando o nascimento do robô humanoide Toro (TOrque controlled humanoid RObot), um robô completo, com antebraços e mãos dotados de sensores e juntas flexíveis que permitem que ele responda ao seu ambiente com uma sensibilidade excepcional.

Mas o desafio está só no começo: os engenheiros da Agência Espacial Alemã (DLR) querem que Toro torne-se o primeiro robô humanoide a andar como um ser humano, de forma natural e sem escolher pisos e ambientes.

"Agora que o corpo robótico está completo, podemos testar os processos onde o robô realiza sequências de movimentos com uma intenção prévia e com fluência," explica Christian Ott, gerente do projeto.

Robô intuitivo 

Embora sua velocidade ainda não seja grande, a cada passo o robô TORO detecta as forças envolvidas através de sensores em seus pés.

Juntamente com sensores de torque nas articulações, o sistema garante que o robô reaja de forma flexível ao seu ambiente.

Quando a máquina está parada, ela pode compensar não apenas sacolejos e deslizes de um piso liso ou arenoso, mas até mesmo impactos diretos contra suas pernas - mesmo se ele estiver de pé em um plano inclinado.

Isso é importante tendo em vista o objetivo final do projeto, que é desenvolver um robô capaz de operar de forma independente, flexível e segura em um ambiente novo e desconhecido.

"Se uma pessoa abre uma porta pesada, por exemplo, ela faz isso em um processo dinâmico", diz Ott, referindo-se à capacidade de pessoa para sentir a resistência da porta e aplicar mais força até abri-la, mas sem exageros.

"Nosso robô deverá ser capaz de fazer isso também," completa ele.

Fonte: FEITEP

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Projeto-piloto de apartamento sustentável é anunciado pela GBC Brasil.


Foi apresentado pelo GBC Brasil o projeto-piloto de um apartamento sustentável na cidade de São Paulo. O projeto é o primeiro de um total de nove obras que compõem o Referencial Casa, cujo objetivo é criar parâmetros nacionais de sustentabilidade para residências unifamiliares ou multifamiliares

A partir desses parâmetros nacionais, serão levantadas diretrizes e melhores práticas para o desenvolvimento de um selo específico para este tipo de construção. Nos Estados Unidos, a certificação já é costume, realizada pelo GBC.

Para receber a certificação LEED, o duplex de 460 m² localizado no bairro dos Jardins, em São Paulo, está passando por uma grande reforma que abrange materiais, sistemas e automação.

Luminárias terão sensores de presença e controle remoto, assim como medição individualizada em todas as prumadas hidráulicas do apartamento. O ar-condicionado é do tipo inverter, com maior eficiência.

O acabamento tem materiais 100% certificados, como a madeira na marcenaria e o bambu nos pisos. Tintas e vernizes de baixo teor de VOC, além de cerâmicas e acabamentos específicos com conteúdo reciclado, também fazem parte da obra. Já a varanda conta com pisos porosos e vegetação nativa.

Visitação
O apartamento ficará aberto para visitação após a finalização da obra e, futuramente, será posto à venda pelos proprietários. Os outros oitos projetos-piloto do Referencial Casa são: Residência Sustentável de Brasília, em Brasília (DF), Residência Hilgert Silveira, em Viamão (RS), Vila Maresias, em São Sebastião (SP), Casas Doke, em Sumaré (SP), Casa Madagascar, em Brasília (DF), Casa da Chapada, na Chapada Guimarães (MT), Catuçaba Ecovila, em São Luiz do Paraitinga (SP), e Green Loft, em São Roque (SP).

Entenda como a certificação LEED funciona:  http://www.gbcbrasil.org.br/?p=certificacao

Fonte: FEITEP

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Projeto Loon: Google usa balões para levar internet à áreas remotas.



O Google quer trazer para o mundo uma internet (WI-FI) gerada por lançamento de balões, este projeto é conhecido como Projeto Loon. O que se espera deste projeto é que ele traga acesso à internet para as áreas rurais e remotas da África e para o Sudeste Asiático, assim como nos EUA.

O Google acaba de anunciar que eles estão testando o seu projeto no Vale Central da Califórnia. Em um anuncio da página do projeto no Google+, o Google lançou um apelo para que os participantes ajudem na próxima experiência.

O post do Google+ também afirma que o projeto “está olhando por áreas que estão dispostas a ter uma antena de Internet Loon instalada em sua casa ou prédio de pequeno porte para ajudar a testar a força da conexão com a Internet Loon, pois quando os balões voam, as antenas irão gerar um tráfego que irá carregar e testar nosso serviço”.



O primeiro teste começou em junho, na Nova Zelândia, onde cerca de 30 balões foram lançados e 50 usuários participaram, em Christchurch e Canterbury.


Para participar desses voos de pesquisas, é necessário que moradores de Madera, Chowchilla, Mariposa, Merced ou Turlock que possuem uma única casa ou edifício comercial com uma conexão de internet preencham um questionário online.


Fonte: FEITEP



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O maior reator de fusão nuclear começa a ser montado.

Aqui serão montados os ímãs em forma de anel, capazes de conter a energia sem que o plasma toque nas paredes metálicas do reator. 

Fusão nuclear

O maior projeto para o desenvolvimento de uma fonte de energia por meio da fusão nuclear começará a ser montado para valer.

Terminadas as estruturas civis básicas, começaram a chegar os primeiros dos cerca de um milhão de componentes necessários para a construção do reator experimental.

Há vários projetos tentando dominar a energia das estrelas, mas o ITER (Reator Internacional Termonuclear Experimental) é o maior deles.

Após os problemas iniciais de projeto e dificuldades em coordenar um projeto internacional sem similares, agora há menos desconfiança quanto ao cumprimento do cronograma, que está dois anos atrasado.

Desde os anos 1950, a fusão nuclear oferece o sonho da energia praticamente inesgotável. O objetivo é recriar o processo que gera a energia do Sol, usando como combustível duas formas de hidrogênio, os isótopos deutério e trício, ou trítio.
Magnetos do campo poloidal do ITER. [Imagem: ITER]

Tokamak

O interesse no desenvolvimento desse tipo de processo se explica pelo uso de um combustível barato (os isótopos), pelo pouco resíduo radioativo que produz e pela não emissão de gases do efeito estufa.

Mas os desafios técnicos, tanto de lidar com um processo tão extremo quanto de projetar formas de extrair energia dele, sempre foram imensos.

De tão difícil de ser recriada artificialmente, críticos da ideia afirmam que a fusão nuclear "estará sempre 30 anos no futuro".

O reator do ITER pretende colocar isso à prova. De um tipo conhecido como "tokamak", o reator é baseado no JET, um projeto-piloto europeu, e prevê a criação de um plasma superaquecido, com temperaturas de até 200 milhões de graus Celsius, calor suficiente para forçar os átomos de deutério e trítio a se fundir e liberar energia.

O processo deverá ocorrer dentro de um enorme campo magnético em formato de anel - a única forma como um calor tão extremo ser contido.

O JET conseguiu realizar reações de fusão em pulsos muito curtos, mas o processo exigiu mais energia do que foi capaz de produzir.

No ITER, o reator está em uma escala muito maior e foi projetado para gerar dez vezes mais energia (500 MW) do que consumirá.

Reatores do futuro

O orçamento total do projeto é incerto e tem variado, para cima, ao longo dos anos - hoje as estimavas estão em €15 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões).

Ainda que haja um cronograma bem definido para a entrega das peças mais importantes - algumas chegam a pesar 600 toneladas - , a divisão de sua fabricação entre os países membros provavelmente será motivo de novos atrasos.

Os planos atuais preveem os primeiros testes da fusão nuclear em 2020.

Partindo do pressuposto de que o ITER consiga realizar uma fusão que gere mais energia do que consome, o passo seguinte será a construção de um projeto de demonstração da nova tecnologia - o nome do ITER é "reator experimental".

Depois que o protótipo funcionar, então poderão ser feitas as especificações para a construção dos primeiros reatores de fusão nuclear comerciais - ou seja, a crítica dos críticos, de que a fusão nuclear está sempre 30 anos no futuro, parece bastante otimista.

A não ser que outros projetos em andamento tenham melhor sorte.

Fonte: FEITEP

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nova norma da ABNT para estruturas de aço em caso de incêndio.

Atualização da norma incluiu procedimentos para obtenção dos esforços solicitantes e esforços resistentes de cálculo, além de critérios para evitar o colapso estrutural e prejudicar a fuga dos usuários da edificação

Entra em vigor no dia 14 de setembro a nova NBR 14323 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio. A norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece os requisitos de resistência ao fogo para estruturas, com base no método dos estados-limites. O texto da normativa antiga era de 1999.

De acordo com o secretário da comissão de estudos que coordenou a revisão, Ricardo Hallal Fakury, a nova normativa traz modificações em relação aos métodos e procedimentos para obtenção dos esforços solicitantes e esforços resistentes de cálculo. Além disso, a NBR 14323 passou a incluir em seu texto o dimensionamento de perfis formados a frio.

Fakury ainda destaca que a norma deve evitar o colapso estrutural em condições que prejudiquem a fuga dos usuários da edificação e, quando for o caso, evitar soluções que prejudiquem a aproximação e o ingresso de pessoas e equipamentos para as ações de combate ao fogo.

A NBR 14323 está disponível para compra no site da ABNT.

Fonte: FEITEP

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fusão Nuclear: Energia das estrelas como alternativa para matriz energética mundial.



Fonte definitiva de energia

Em busca de uma alternativa para a matriz energética mundial, muitos cientistas acreditam que só a energia das estrelas pode representar um passo decisivo para a humanidade.

Às voltas com a sujeira e os riscos causados pela fissão nuclear, ainda debatendo se os biocombustíveis valem a pena ou não, o mundo se vê às voltas com uma matriz essencialmente baseada no petróleo e seus parentes próximos, o carvão e o gás natural.

Para achar uma saída desse beco, as duas únicas tecnologias com potencial disruptivo são a fotossíntese artificial e a fusão nuclear.

Os experimentos com folhas artificiais estão apenas começando. Mas o homem sonha em domar a fusão nuclear desde que Hans Bethe explicou de onde as estrelas tiravam tanta energia.

Tentativas de produzir a fusão nuclear

A primeira tentativa de produzir a fusão nuclear na Terra não é de boa lembrança: em 1º de Novembro de 1952, os Estados Unidos usaram uma bomba similar à usada em Hiroshima apenas para dar a ignição na primeira bomba de hidrogênio. Funcionou, mas a coisa se mostrou tão perigosamente descontrolada que o projeto foi deixado de lado.

O recorde mundial de fusão nuclear hoje pertence ao reator tokamak do JET (Joint European Torus), no Reino Unido. Com 15 metros de diâmetro e 12 metros de altura, ele consumiu 20 MW para produzir 16 MW - mas a fusão nuclear se sustentou por menos de 10 segundos.

Hoje, todos os esforços para bater esse recorde e gerar energia são pacíficos - ao menos os que se conhece. E os projetos de fusão nuclear não são mais exclusividade dos governos e suas universidades: já há empresas privadas trabalhando na área.

ITER

O maior desses esforços é o ITER, sigla em inglês de Reator Internacional Termonuclear Experimental, que começou a ser erguido em Cadarache, na França.

Com um investimento planejado de US$21 bilhões, o projeto pretende consumir 50 50 megawatts (MW) de energia para dar partida em uma produção de 500 MW. Em 2027, se tudo der certo.

O problema é que ninguém sabe se vai dar certo. Muitos físicos dizem que não vai funcionar. Outros afirmam que o ITER funcionará como um excelente laboratório de física, mas nunca será uma usina de geração de energia eficiente.

O ITER usará um reator do tipo tokamak, que usa um gigantesco campo magnético para confinar um plasma que deverá atingir uma temperatura de 45 milhões de graus Celsius para dar partida na fusão de deutério-trício.

Se funcionar, um quilograma (kg) de combustível de fusão vai gerar tanta energia quanto 10 milhões de kg de carvão.

Outro experimento já atingiu 25 milhões de graus Celsius, ainda abaixo do ponto de partida da fusão. Mas os projetistas do ITER confiam em seu 18 gigantescos ímãs supercondutores, cada um pesando 360 toneladas, para confinar uma quantidade de plasma suficiente para chegar lá.

Ignitor

O Ignitor é um projeto conjunto entre a Itália e a Rússia, bem menos ambicioso que o ITER.

O Ignitor será na verdade uma versão ampliada do Alcator C-Mod, desenvolvido pela equipe do professor Bruno Coppi, do MIT.

O reator, que está sendo erguido nas proximidades de Moscou, terá aproximadamente o dobro do tamanho do Alcator, com uma câmara principal em forma de anel com 1,3 metro de diâmetro - a câmara do ITER terá 6,2 metros de diâmetro.

O Alcator não nasceu para gerar energia, mas como um laboratório para estudar as estrelas.

Ao longo dos anos, os cientistas foram aprimorando seus detalhes técnicos, a ponto de atingirem um estágio no qual eles acreditam ser viável usar a tecnologia para produzir temperaturas suficientes para iniciar a fusão nuclear.

Como estão trabalhando em uma área desconhecida, os cientistas parecem mais interessados em trocar experiências do que em competir. Evgeny Velikhov, responsável pelo lado russo do projeto, também é membro do conselho do ITER.

Mas o Dr. Coppi não se cansa de dizer, entrevista após entrevista, que, mesmo que o Ignitor nunca gere mais energia do que consumir, ainda assim a astrofísica terá muito a ganhar com o experimento.

Stellarator

O tokamak não é o único caminho para tentar domar a fusão nuclear.

O projeto Wendelstein 7-X, do Instituto Max Planck, da Alemanha, está construindo um reator de fusão do tipo stellarator (ou estelarator) - ele será o maior do mundo desse tipo.

Um tokamak é alimentado por uma corrente de plasma. Essa corrente fornece uma parte do campo magnético responsável por isolar o próprio plasma das paredes do reator. O grande problema é evitar as "disrupções", as instabilidades do plasma circulante pelo torus.

Um reator do tipo stellarator não tem corrente, eliminando de pronto o problema das instabilidades do plasma. Esse tipo de reator tem um desenho esquisito, mas também tem seus próprios problemas, como uma tendência a perder energia.

Cada stellarator foge à sua própria maneira do tipo "clássico", fazendo modificações e otimizações que tentam coibir os defeitos o obter um funcionamento contínuo.

O Wendelstein 7-X terá 50 bobinas supercondutoras, medindo 3,5 metros de altura cada uma, para gerar o campo magnético primário. Para completar o sistema de contenção do plasma será usada uma camada adicional com 20 bobinas planares, colocadas sobre as primeiras, que terão o papel adicional de permitir o controle da intensidade do campo magnético.

O conjunto todo é contido dentro de uma estrutura de 16 metros de diâmetro. Uma usina de refrigeração fornecerá 5.000 Watts de hélio líquido para manter a supercondução dos fios que formam as bobinas.

O Wendelstein 7-X será um reator de pesquisa, sem intenção de produzir energia. Na verdade, a intenção é demonstrar a viabilidade da construção de uma usina de fusão nuclear usando um reator do tipo stellarator. Se tudo ocorrer segundo o cronograma, o reator deverá entrar em funcionamento em 2014.

Fusão nuclear com laser

O projeto europeu Hiper (sigla em inglês de Pesquisa de Energia Laser de Alta Potência) pretende atingir as altas temperaturas necessárias para iniciar a fusão nuclear usando um equipamento de raio laser do tamanho de um estádio de futebol.

Um laser de alta potência vai comprimir átomos de hidrogênio para conseguir uma densidade 30 vezes maior do que a do chumbo.

Um segundo laser vai aumentar a temperatura do hidrogênio comprimido acima dos 100 mihões de graus Celsius - ao menos é o que os cálculos indicam.

Nessas condições, os núcleos do hidrogênio deverão se fundir para formar hélio.

Iniciado em 2008, o Hiper é financiado pela Comissão Europeia e envolve 26 instituições de dez países.

Motor de fusão

Os cientistas da empresa privada Helion Energy são bem mais comedidos do que seus parceiros institucionais.

Seu reator de fusão nuclear é um equipamento cilíndrico de 16 metros de comprimento e pouco mais de um metro de diâmetro.

Chamado de "motor de fusão", o reator não usará supermagnetos supercondutores mantidos em temperaturas criogênicas: ele usará um processo conhecido como configuração de campo reverso.

Em vez de confinar o plasma em uma estrutura toroidal, como no tokamak, o motor de fusão vai acelerar duas pequenas bolas de plasma uma em direção à outra.

Manter o plasma isolado em um aparato linear é muito mais simples do que o formato toroidal, exigindo um campo magnético menos intenso e mais fácil de controlar. É por isso que o reator é tão menor do que seus concorrentes.

Se os cálculos estiverem corretos, a colisão deverá gerar calor suficiente para fundir os núcleos dos átomos, aquecê-los e iniciar a fusão de forma sustentada.

Como a fusão ocorre em um ponto determinado no espaço é mais fácil também recolher os nêutrons gerados. Os nêutrons são essenciais para gerar o combustível da fusão.

E, se eles escaparem, podem tornar radioativas as peças metálicas do equipamento com as quais entrarem em contato - isso acontecerá no ITER, que deverá trocar as partes internas do seu reator periodicamente.

O protótipo do motor de fusão atingiu uma temperatura de 25 milhões de graus Celsius, bem abaixo do necessário. Mas os cientistas calculam que a temperatura necessária será alcançada com um equipamento apenas três vezes maior.

A NASA e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos já investiram US$5 milhões na empresa, que agora está procurando parceiros privados para levantar mais US$20 milhões, necessários para construir a versão final do seu motor de fusão.

Fusão geral

A empresa canadense General Fusion está usando uma outra abordagem para tentar obter a fusão nuclear sustentada.

A técnica chama-se fusão de plasma magnetizado e consiste em iniciar a fusão em um plasma comprimido de forma intensa e rápida no interior de uma esfera giratória de metal líquido.

O reator funciona em ciclos sequenciais, com cada compressão do plasma magnetizado produzindo um "disparo" de energia gerada pela fusão.

São quatro ciclos: criação do plasma de deutério e trício, aprisionamento do plasma em um campo magnético, compressão do plasma magnetizado, gerando a fusão e, finalmente, captura do calor gerado pela fusão para uso em uma usina termoelétrica.

Os resultados ainda são modestos: segundo a empresa, o aparato produziu uma temperatura de 5 milhões de graus Celsius durante 1 microssegundo.

Mas a General Fusion tem mais dinheiro para construir versões maiores do seu reator: os US$30 milhões foram levantados entre investidores privados, entre os quais Jeff Bezos, da Amazon.

Fusão secreta

Há uma outra empresa privada na área, chamada Tri Alpha Energy, que não gosta de aparecer e nem divulga seus projetos, mas que aparentemente está usando um conceito criado pelos físicos Norman Rostoker e Hendrik Monkhorst.

A ideia é misturar hidrogênio e boro-11 em um plasma de alta temperatura para gerar a fusão.

O processo de confinamento usa a mesma configuração de campo reverso, mas aparentemente mantendo toda a energia de entrada dentro do reator - os elétrons do combustível seriam confinados eletrostaticamente e os íons seriam aprisionados magneticamente.

Os pesquisadores acreditam que, com o calor e a densidade adequadas, esses íons vão se fundir para liberar energia.

Recentemente circularam boatos de que a empresa teria levantado US$90 milhões, tendo entre seus investidores Paul Allen, cofundador da Microsoft. Mas as empresas de capital de risco apontadas nos boatos não listam a empresa em sua carteira de investimentos.

Em um artigo científico publicado em 2010, seus cientistas afirmam ter alcançado uma temperatura de 5 milhões de graus Celsius durante 2 milissegundos.

Já houve vários boatos sobre a iminência de um teste "no ano que vem", que ainda não aconteceu. Os mais otimistas opinam que uma versão comercial do reator Rostoker/Monkhorst - capaz de produzir mais energia do que consome - não sairá antes de 2020.

Fusão nuclear a frio

Há também propostas mais controversas para a fusão nuclear, embora não voltadas especificamente para a produção de energia.

A principal delas é a chamada fusão nuclear a frio, ou fusão de baixa energia, que mostra os indícios da fusão por meio dos nêutrons gerados no processo - pouquíssimos nêutrons, em comparação com os experimentos que pensam em gerar energia.

A ideia surgiu em 1989, quando Martin Fleishmann e Stanley Pons afirmaram ter verificado a fusão nuclear em uma célula eletrolítica. Mas nenhum outro grupo conseguiu reproduzir o experimento.

A esperança renasceu em 2009, quando Pamela Mosier-Boss e sua equipe modificaram ligeiramente a célula eletrolítica de Fleishmann e Pons e tiveram resultados animadores, ainda que frágeis demais para qualquer uso prático.

Mas a fusão nuclear a frio só voltou a ser levada a sério em 2010, quando a Sociedade Americana de Química promoveu um evento de dois dias exclusivamente para discutir o assunto. Deste o fiasco inicial, quem se atrevia a pesquisar a área preferia trabalhar em silêncio.

Foram mais 50 apresentações de experimentos que apresentaram resultados significativos, suficientes para colocar o assunto em pauta novamente. Mas ninguém sonha em usar a fusão a frio para geração de energia.

Fusão por cavitação

Pelo menos três grupos se envolveram em uma pretensa fusão nuclear em um equipamento de mesa, desde que Rusi Taleyarkhan e seus colegas do Laboratório Nacional Oak Ridge afirmaram ter conseguido iniciar a fusão pelo colapso de microbolhas.

Seth Putterman, da Universidade da Califórnia, fez uma demonstração semelhante em 2005, mas usando o aquecimento de um cristal em um ambiente de deutério. A produção de nêutrons, contudo, foi muito pequena, e os cientistas nunca chegaram a afirmar que a técnica seria útil para a geração de energia.

No mesmo ano, uma equipe da Universidade Purdue afirmou ter confirmado o experimento de Taleyarkhan, baseado na cavitação de microbolhas.

Contudo, depois da contestação de outros cientistas, a Universidade fez uma sindicância e concluiu que Yiban Xu e Adam Butt haviam falseado os resultados.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sligatron pretende arremessar cargas ao espaço.


Arremesso espacial

O nome lembra os melhores projetos da ficção científica: Slingatron.

Em português seria algo como "atiratrônica", já que sling é o termo em inglês para funda, o tipo de atiradeira que Davi teria usado para derrotar Golias.

A empresa emergente HyperV Technologies está propondo demonstrar que essa tecnologia pode substituir os foguetes, impulsionando objetos diretamente para o espaço.

Para isso, ela está pedindo dinheiro, através de uma campanha no site de arrecadações Kickstarter.

A ideia é construir um protótipo do slingatron para impulsionar um objeto de 100 gramas a uma velocidade de um quilômetro por segundo.

A emprega garante que seu último protótipo, de 2 metros de altura, acelerou um objeto de 230 gramas a 100 metros por segundo (100 m s-1).

Se conseguir o dinheiro com o público, o objetivo é construir um slingatron de 5 metros de diâmetro para gerar velocidades 10 vezes maiores, abrindo caminho para um slingatron de tamanho prático, capaz de lançar cargas a 11 km-1 - rápido o suficiente para que a carga entre em órbita.

Os criadores da HiperV acreditam que o conceito será muito mais barato do que lançamentos de foguetes convencionais, apesar de só ser apropriado para cargas não-humanas, que podem resistir a uma aceleração equivalente a 60.000 g.
 
Atiradeira espacial

O slingatron é baseado em uma antiga arma conhecida como funda, que consiste em uma corda dobrada, no centro da qual é posto o objeto a ser arremessado - a pessoa gira a corda com a carga em torno da cabeça com frequência cada vez maior, soltando uma de suas extremidades para fazer o arremesso.

No slingatron, a corda é substituída por uma pista em espiral que gira a uma frequência constante. Quando um objeto é posto no centro, ele segue pela pista seguindo um raio crescente, indo mais e mais rápido conforme vai para a borda.

Quanto maior for o raio final - e maior a frequência de rotação - mais rápido o objeto vai voar quando sair pela extremidade da pista.

Dennis Bushnell, cientista-chefe do Centro de Pesquisa Langley, da NASA, comentou a ideia para o site Physicsworld.

Segundo ele, um estudo feita pela NASA há menos de 10 anos concluiu que os slingatrons seriam "a abordagem tipo 'arma' mais interessante" em termos de custo e capacidade para lançar cargas ao espaço.

"Vale a pena um estudo mais aprofundado e sério", disse ele. "[Mas] se [HyperV] tem bolsos fundos o suficiente para arcar com isso é algo ainda por ser demonstrado," concluiu.

Ela não tem, já que apelou para uma campanha pública. Mas a NASA também parece não ter, já que não alocou nada para a pesquisa, mesmo considerando-a a opção mais promissora.

Fonte: FEITEP

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Começa a funcionar o primeiro sistema de microgeração de energia integrado à rede da concessionária.

Começou a funcionar na última terça, 6/8, a primeira unidade de microgeração de energia elétrica interligada à rede da Light, concessionária que atua no Rio de Janeiro. Uma casa no bairro de Santa Teresa, na capital carioca, instalou um sistema de painéis fotovoltaicos que a credenciou a participar como projeto piloto da empresa. A partir de agora, o excedente de energia produzido na residência poderá ser vendido para a Light, abatendo os valores pagos na conta de luz - a legislação brasileira não prevê o pagamento em dinheiro ao usuário.


O proprietário da casa é o alemão Hans Rauschmayer, diretor da empresa de consultoria Solarize, que desenvolveu o sistema em parceria com a empresa Polo Engenharia. Eles deram início ao projeto assim que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em novembro de 2012, a retificação da Resolução Normativa nº 482/2012, que estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica. "O objetivo da casa era primeiro ver na prática como isso funciona no Brasil. Sou alemão e lá tem muita gente produzindo energia solar. Temos fornecedores, acessórios, mas no Brasil não existe ainda, estamos começando a criar o mercado", analisa Hans. De acordo com o estudo inicial feito pelo proprietário, a casa consome, em média, 150 kWh por mês. O sistema foi projetado para gerar um excedente de energia de cerca de 40%.

Estrutura
Os painéis fotovoltaicos policristalinos, que captam a radiação solar e fazem sua conversão direta em energia elétrica, foram instalados no telhado da residência, local com mais incidência solar. São nove módulos de 235 Wp e área de 1,5 m². Eles geram energia elétrica em corrente continua, que é levada por um cabo até o inversor de conexão à rede, que faz a conversão para corrente alternada, em sincronia com a rede elétrica, e desliga o sistema caso haja alguma pane. O inversor, com potência de 2,0 kW, possui ainda um servidor web, ainda em teste, que permitirá ver pela internet o quanto o sistema gera de energia. A energia segue então, para o Dispositivo de Seccionamento Visível (DSV) - instalado pela concessionária fora da edificação -, que desliga o sistema caso seja necessário fazer alguma manutenção na rede.

Sem baterias
O sistema não funciona com baterias. A energia produzida é usada de forma prioritária dentro da casa, por qualquer aparelho conectado na tomada ou pela iluminação, e o excesso vai para a rede da concessionária. "O inversor gera energia com um pouco mais de tensão que a rede, o que força essa prioridade", explica Hans. Ao longo do dia, a energia solar é usada quando o tempo está aberto e sem nuvens; quando o sol é encoberto por nuvens, a mudança para a rede da concessionária é feita automaticamente. "Dentro de casa, não sei e não preciso me preocupar de onde está vindo a energia que eu consumo", explica Hans.

Para poder acompanhar o gasto e a venda de energia, a Light instalou um medidor bidirecional que mede o consumo de energia dentro da casa e o injetado na rede. "Se eu consumir mais que gero, tenho que pagar esse saldo. Se conseguir gerar mais, volta por créditos em kWh", explica o proprietário da casa, lembrando que esse crédito pode ser abatido de contas futuras ou em outro medidor sob o mesmo CPF ou CNPJ.

A única intervenção solicitada pela concessionária foi a adequação do ponto de acesso. A residência tem mais de 40 anos e o sistema elétrico era antigo. Com a reforma e a troca do quadro de distribuição, foi possível fazer a ligação segura da rede. No dia 24 de julho, a Light fez a última visita técnica e aprovou a instalação do sistema solar e em menos de 15 dias o sistema já estava em uso.

O medidor e o DSV ficam do lado de fora da residência para que seja feita a leitura mensal e para acessar e desligar o sistema em caso de reparos



Imagem da tela do Inversor que mostra dados do sistema. Em breve, será possível acessar pela internet para saber o quanto ele está gerando de energia


Fonte: FEITEP

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O uso de redes inteligentes no sistema elétrico vai possibilitar economia de energia elétrica.


Quinze de cada 100 quilowatts de energia elétrica produzida no Brasil se perdem entre a geração e o consumo. De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a proporção é mais do que o dobro da registrada em outros países (até 7%) e acima da oferta interna de energia com base em carvão, gás, petróleo e energia nuclear (que somam 14,4%, segundo o Balanço Energético Nacional).

A perda de energia (causada principalmente pelo furto por meio de instalações irregulares, o chamado gato) motivou o CGEE a fazer um amplo estudo sobre o uso de redes inteligentes (ou smart grids, como são mais conhecidas em inglês) para gerenciamento da geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. Até março, o centro publica estudo que identificará iniciativas no Brasil e no exterior para o desenvolvimento de tecnologia que monitore o funcionamento do sistema elétrico.

A tecnologia pode informar em tempo real, por exemplo, a ocorrência de pane e a eventual suspensão do fornecimento. “Quando cai a energia, seja lá por qual motivo, você liga para a concessionária. Pelo smart grid, isso passa a ser automático, não precisa ligar”, explica Ceres Cavalcanti, assessora do CGEE. Segundo ela, o smart grid melhora o serviço que é prestado pelas concessionárias. “Essas empresas conseguirão ter mais informação para poder prestar o melhor serviço ao seu mercado e a seus clientes”, defende a assessora.

Além das concessionárias, o uso de redes inteligentes permite que os usuários façam o controle do consumo diretamente. No futuro, quando houver tarifa diferenciada conforme o horário, os medidores domésticos informarão quanto está sendo gasto a cada momento e o valor das tarifas cobradas dando a possibilidade de o consumidor utilizar os eletrodomésticos em horário de tarifas mais baratas.

Outra possibilidade é tornar o consumidor credor do sistema. Quem captar energia solar em casa, por exemplo, poderá ter desconto nas tarifas, pois a rede inteligente identifica a geração doméstica de energia. “Imagina os consumidores passarem a ser pequenos geradores, vai ser um grande quebra-cabeça. E aí talvez vai ter de mudar essa política de otimização [do consumo]. Esse passo não é tão rápido, porém extremamente possível”, prevê Ceres Cavalcanti destacando que “hoje, a informação do sistema elétrico é direcional. Com o smart grid, passa a ser bidirecional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter vários tipos de serviços”.

Para a assessora do CGEE, a adoção do smart grid vai gerar negócios para a indústria de componentes do sistema elétrico e também para a área de tecnologia da informação e comunicação. “Isso melhora todo o sistema e encontramos nisso outras oportunidades. Vai gerar um mercado muito bom para a indústria. E isso tem vários desdobramentos no sentido de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Tem uma série de linhas de pesquisa que podem vir a partir daí”, destaca.

O uso de redes inteligentes no sistema elétrico vai possibilitar economia de energia elétrica. O benefício, no entanto, não isentará o país de continuar investindo na ampliação da geração de energia. “É maravilhoso investir nesse caminho, mas isso não substitui a expansão completamente. O país cresce em termos de consumo de energia mais de 5% ao ano, o que é acima do crescimento do Produto Interno Bruto”, pondera Ceres Cavalcanti que lembra que há demanda reprimida pelo uso da energia, ainda cara para muitos usuários.
Fonte: FEITEP

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lajes mais leves com a utilização de esferas plásticas.


Em construção em Brasília, o novo Centro Administrativo do Distrito Federal está apostando em uma tecnologia bastante utilizada na Europa. Para reduzir o peso próprio das lajes planas, o consórcio formado por Odebrecht e Via Engenharia adotou o sistema patenteado BubbleDeck. As pré-lajes são içadas em painéis de armaduras com esferas plásticas confinadas. Os vazios formados pelas esferas reduzem em até 35% o peso próprio em relação a uma laje comum.

O sistema utilizado em obras em mais de trinta países, entre eles Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca fez algumas incursões no Brasil em meados da década de 2000, mas só agora volta em uma grande obra.

As esferas plásticas são produzidas com polipropileno e são inseridas entre duas telas de aço. A execução de uma laje é feita basicamente em quatro etapas. Após a fabricação dos painéis na fábrica, se inicia a execução do escoramento e a colocação da malha inferior do módulo. Depois da colocação das esferas, a malha superior é soldada e o módulo é concretado in loco.

O uso das esferas dispensa a necessidade de vigas e reduz o número pilares, permitindo vãos maiores. O sistema também proporciona, de acordo com o fabricante, maior isolamento acústico e térmico e, em caso de incêndio, as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos.

A obra dos 16 prédios do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF) possuem o cronograma de produção de 1.000 m² de painéis BubbleDeck por dia, o que, segundo os engenheiros responsáveis, representará uma redução do consumo de concreto e do uso de escoramento em relação ao projeto original.








Fonte: FEITEP