terça-feira, 30 de julho de 2013

Resolução que determina atividades exclusivas de arquitetos gera polêmica entre CAU e Confea.

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) divulgou uma nota na última quinta-feira (25), contestando a Resolução 51 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), que definiu as atribuições que são privativas da profissão de arquitetos e urbanistas e que não podem ser realizadas por outros profissionais.

Segundo o órgão que representa os engenheiros, o CAU não seguiu o que está determinado na Lei nº 12.378/2010, em seu artigo 3º, parágrafo 4º, a qual determina que os conselhos de fiscalização profissional editem resolução conjunta acerca do campo de atuação profissional. Para o órgão, como a decisão foi unilateral, "a resolução interna do CAU não tem força jurídica para alterar definições dispostas em lei, reiterando-se que as atribuições dos engenheiros são estabelecidas na Lei Federal 5.194/66, em seu artigo 7º e regulamentadas por decretos". O Confea, ainda segundo a nota, "encaminhou a resolução à Procuradoria Jurídica para análise, conhecimento e providências judiciais cabíveis num prazo de 30 dias".

Em nota divulgada no último sábado (27), porém, o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro Villar de Queiroz, garantiu que, ao editar a Resolução nº 51, o Conselho "procedeu o minucioso exame da legislação afeta ao exercício das profissões técnicas". Em outro trecho da nota, o presidente escreveu: "dirimindo qualquer possível dúvida acerca das competências sobre as áreas de atuação profissional, a Lei n° 12.378, no parágrafo 2º do artigo 3º determina: 'Serão consideradas privativas de profissional especializado as áreas de atuação nas quais a ausência de formação superior exponha o usuário do serviço a qualquer risco ou danos materiais à segurança, à saúde ou ao meio ambiente'".

O Confea havia pedido também a anulação da resolução nº 21 do CAU/BR, divulgada em abril do ano passado, a qual discrimina as atividades pertinentes à profissão de arquiteto e urbanista. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Bruno César Bandeira Apolinário nesta segunda-feira (29).

Segundo Queiroz, "mesmo achando estranha essa confusão entre os artigos 2º e 3º da Lei nº 12.378/2010, o CAU/BR já enviou ofício ao Confea, solicitando uma reunião conjunta das comissões de Harmonização e Conciliação de Legislação CAU/BR-Confea, objetivando superar qualquer dúvida por acaso existente sobre as Resoluções nº 21/2012 e nº 51/2013".

Confira as atividades exclusivas de cada profissão segundo recentes manifestações do CAU e do Confea:

Confea (de acordo  com o Artigo 7º da Lei nº 12.378/2010):

As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.
Parágrafo único - Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.

CAU (Resolução 51/2013):

- projeto arquitetônico de edificação ou de reforma
- relatório técnico referente a memorial descritivo, caderno de especificações e de encargos e avaliação pós-ocupação
- projeto urbanístico e de parcelamento do solo mediante loteamento
- projeto de sistema viário urbano
- coordenação de equipes de planejamento urbano ou de regularização fundiária
- projeto de arquitetura de interiores
- projeto de arquitetura paisagística
- direção, supervisão e fiscalização de obras referentes à preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico
- projetos de acessibilidade, iluminação e ergonomia em edificações e no espaço urbano

Fonte: FEITEP

terça-feira, 23 de julho de 2013

Automação residencial é uma realidade cada vez mais presente em nossos lares

Os projetos normalmente começavam por meio do Home Theater com o controle de todo o sistema de áudio e vídeo, além do som ambiente da residência, e se expandiam na medida em que se conheciam os benefícios da integração com o controle da iluminação, das cortinas, do ar condicionado, controle do piso aquecido, toalheiro elétrico, desembaçador de espelhos, controle da clarabóia, entre outros dispositivos que podem ser controlados. Já os sistemas de automação tinham que ser adaptados pela criatividade e pela exigência do mercado, sem que houvesse uma única solução integrada de um único fabricante. Esses projetos demoravam alguns anos para serem concretizados, eram complexos e necessitavam de um especialista - o integrador de sistemas - que cuidava de todo o processo que envolvia tecnologia.

Em 2000 foi fundada a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), cuja missão é fomentar a adoção destas tecnologias no país por meio de eventos, capacitação de profissionais da construção civil e formação de novos integradores. Ainda neste período, começaram a surgir empresas brasileiras com soluções próprias, reforçando o crescimento do mercado brasileiro, que chegou a aproximadamente 40% naquele ano. Uma pesquisa recente mostra que o mercado brasileiro conta com mais de 40 empresas fabricantes de soluções e mais de 200 integradores em todo território nacional.

No início do ano, a Aureside divulgou um crescimento médio de 35% nos últimos três anos. A mesma pesquisa mostrou que os custos dos produtos de automação tiveram redução de cerca de 50%, ampliando o mercado de atuação. Novas soluções, como smartphone e tablets, criaram interfaces mais amigáveis, popularizando o entendimento da automação e facilitando a interação com os dispositivos da residência, promovendo novos projetos e novas soluções.

Os sistemas de automação já não são um complicador, pois hoje existem diversas soluções, com ou sem fio, com protocolos abertos ou proprietários. O processo de padronização desses produtos também se destaca, já que existem mais de 300 empresas, em grande maioria na Europa, que fabricam seus produtos com um mesmo protocolo - o KNX. Este protocolo traz flexibilidade à aplicação, já que desde um simples controle de iluminação de uma sala até um edifício comercial podem ser controlados com esse mesmo sistema, facilitando o projeto e a instalação.
Com algumas tendências que buscam construções mais sustentáveis e, ainda, com a escassez e o alto custo da energia elétrica, a automação ganha novos adeptos. Antes, as pessoas consideravam somente o conforto do usuário. Hoje, utilizam as soluções para ampliar a eficiência energética. Uma automação bem desenvolvida garante o retorno do investimento, trazendo uma redução no consumo de energia elétrica de até 40%.

Com novos produtos e soluções, como carros elétricos e a geração de energia por meio de placas fotovoltaicas que, com a resolução 482 da ANEEL, torna-se viável no Brasil, torna-se necessário saber o quanto se gasta e o quanto se gera de energia. Para isso, as concessionárias estão se adaptando e, mais uma vez, a automação será um ponto de integração entre esses novos produtos.

A evolução da automação não vai parar, tornando-se cada vez mais necessária a utilização de sistemas inteligentes. Governos e entidades normativas brasileiras já estão criando incentivos e normas para a utilização desses recursos. Nos próximos anos, a evolução do país na área de energia elétrica poderá ser um gargalo. Por isso, a automação se perpetua e torna-se indispensável na vida moderna.

Não erraria em dizer que a automação ainda se conectará às redes sociais descobrindo seu humor e adaptando a sua residência para a chegada em casa. Mas, isso deve ser apenas a próxima evolução.

Fonte: Voltimum

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O maior edifício da América do Sul.



Começaram as obras do Infinity Coast, considerado o maior edifício residencial da América do Sul. Projetado pelo arquiteto Andres Juan Bandeo, o empreendimento em Balneário Camburiú, Santa Catarina, terá 240 metros de altura e 66 andares, cada um com dois apartamentos de duas ou três suítes. A obra é inspirada em construções de Dubai.

Localizado em um terreno 4.500 m² na Barra Norte, na esquina das ruas Julieta Lins e Avenida Brasil, o edifício terá uma infraestrutura de resort com 23 itens, incluindo spas externos, mini golf, muro de escalada, cinema, pub Infinity, pomar, game station, wine bar e health club com academia, estúdio de pilates, sauna seca e úmida, sala de massagem e sala de descanso.

O projeto estrutural, desenvolvido pelo escritório Kálkulo de Curitiba, passou por acompanhamento da empresa britânica Building Research Establishment Ltd (BRE). A fundação adotada para a construção da torre é a de estaca escavada com polímero de diâmetro de 1,5 metros e 28 metros de profundidade, mais três estacas raiz com diâmetro de 12 polegadas. Essas três últimas estacas são embutidas na escavada e possui comprimento 10 metros maior do que a escavada. Tudo isso totaliza em média 38 metros de profundidade e 125 estacas de 1,50 metros cada.

Segundo o engenheiro responsável pelo projeto, André Capri Bigarella, a estrutura será feita com pilares de concreto e fechamento em parede de concreto em toda a periferia do prédio. A alvenaria será utilizada somente nas divisórias internas dos ambientes. "Todo o projeto é diferenciado, são 15 pilares de pavimento tipo com dimensão média de 40 centímetros de largura e seis metros de comprimento", explica.

Ainda segundo o engenheiro, entre os principais desafios da obra está a altura, que dificulta o transporte vertical de materiais e pessoas, a segurança do trabalho e o revestimento externo do edifício. Após a obra, no entanto, a altura do edifício será benéfica: a energia de descida dos quatro elevadores será armazenada e utilizada para iluminação das áreas comuns.

A previsão de entrega do Infinity Coast é no final de 2017.

Fonte: FEITEP

terça-feira, 16 de julho de 2013

Prouni: resultado da segunda chamada é divulgado pelo MEC

Programa oferece mais de 90 mil bolsas de estudo em instituições privadas



O resultado da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) pode ser consultado a partir desta terça-feira na internet, nas instituições participantes ou pela central de atendimento do Ministério da Educação (MEC), no 0800-616161. A lista de aprovados está disponível na página do programa.

Os candidatos pré-selecionados têm até o dia 22 de julho para comprovar nas instituições de ensino as informações dadas na ficha de inscrição, providenciar a matrícula e, se for o caso, participar de seleção própria da faculdade ou universidade. No site do Prouni é possível ver a lista da documentação necessária. Caso perca o prazo ou não comprove as informações necessárias, o estudante será reprovado.

O candidato que não foi pré-selecionado em nenhuma das duas chamadas poderá ainda participar da lista de espera. A adesão pode ser feita pelo site do Prouni entre os dias de 26 a 29 de julho. A lista será usada pelas instituições de ensino para convocação dos candidatos para preenchimento das bolsas eventualmente não ocupadas.

O Prouni oferece bolsas em instituições particulares de ensino superior. Nesta edição, são oferecidas 90.045 bolsas - dessas, 55.693 são integrais e 34.352, parciais, no valor de 50% da mensalidade. As bolsas integrais do Prouni são para os estudantes com renda bruta familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas aos candidatos com renda bruta familiar de até três salários mínimos por pessoa. Nesta edição do programa, 436.941 candidatos fizeram a inscrição.

Fonte: Terra

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Três pavilhões do Parque Olímpico começam a ser construídos no Rio de Janeiro


Foram iniciadas as obras de três pavilhões do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, que junto ao Parque Aquático Maria Lenk, ao Velódromo e ao Centro de Tênis sediarão grande parte dos jogos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016. A construção das três instalações (Hall 1, Hall 2 e Hall 3), que no Dossiê de Candidatura seria de responsabilidade do Governo Federal, foi em parte viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), licitada pela Prefeitura do Rio de Janeiro.


O Hall 1, com área de 38 mil m², abrigará o basquetebol nos Jogos Olímpicos e o basquetebol e o rugby em cadeira de rodas nos Jogos Paralímpicos. A instalação terá capacidade para 16 mil espectadores, com cinco mil assentos permanentes e 11 mil temporários.

Já o Hall 2, com 24 mil m² e 10 mil assentos, abrigará o judô e o taekwondo nos Jogos Olímpicos e judô e bocha nos Jogos  Paralímpicos. O Hall 3, por fim,  terá 23 mil m² para abrigará a luta estilo livre e luta greco-romana nos Jogos Olímpicos e o voleibol sentado nos Jogos Paralímpicos. A capacidade também é de 10 mil torcedores.

Projetado pela filial brasileira da empresa AECOM, as obras estão sendo realizadas pela Concessionária Rio Mais (Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken). As estruturas das arenas serão feitas de concreto armado e as coberturas serão metálicas. A conclusão da obra está prevista para o segundo semestre de 2015.

Vale lembrar que no fim da semana passada, a construção do Parque Olímpico do Rio de Janeiro teve reviravolta. O Clube Esportivo de Ultraleve (CEU), que ocupa a área em que o parque será erguido, conseguiu efeito suspensivo às obras realizadas pela prefeitura e pela Concessionária Rio Mais. Com isso, parte do terreno onde as obras estão sendo construídas está interditado. Mas, segundo a assessoria do consórcio, esta interdição não está interferindo no andamento das obras, que continuam.

Fonte: FEITEP

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Engenharia é uma das principais áreas que faltam profissionais no Brasil


A FEITEP - Faculdade de Engenharias é uma instituição de ensino superior focado na área da engenharia, que tem o objetivo de formar profissionais qualificados e capacidades para suprir a necessidade de engenheiros no mercado de trabalho. 

                         

De acordo com a pesquisa feita pela consultoria ManpowerGroup, a dificuldade de se preencher vagas no Brasil vem crescendo a cada ano. Do ano passado para cá, houve um crescimento de 15% na dificuldade relatada pelos empregadores em contratar', afirma Riccardo Barberis, diretor da Manpower Group no Brasil.

Barberis ressalta que a escassez se dá tanto na quantidade de profissionais como na qualidade deles, no caso de vagas que exigem conhecimentos específicos, e atinge cargos de nível superior e técnico.

Veja as 10 áreas no topo do ranking da pesquisa 'Escassez de Talentos', da ManpowerGroup, e a opinião de especialistas sobre cada uma delas.

1º Técnicos

É no campo técnico que os empregadores mais enfrentam dificuldade para encontrar profissionais. E a escassez permeia todas as áreas técnicas, de automação a edificações, de eletrônica a alimentos e bebidas.
Segundo Barberis, no passado o curso técnico no Brasil era considerado um plano B, uma segunda opção. E por isso o investimento na área foi prejudicado, sendo incapaz de suprir a demanda atual. O que fazer? Já se sabe hoje que os cursos técnicos oferecem uma oportunidade profissional mais rápida e, por isso, eles vem sendo valorizados e ganhando investimentos. Os especialistas concordam que o Brasil está caminhando na direção certa nesse setor.
'Mas diante da carência estrutural do mercado brasileiro, é preciso investir mais nessas políticas', afirma Barberis, citando o exemplo da Alemanha, que investe pesado em escola técnicas e é hoje um dos países na zona do euro com menor taxa de desemprego

2º Trabalhadores de ofício manual

Entram nessa categoria trabalhadores com uma habilidade específica ou autônomos especializados em um ofício, como costureiras, passadeiras, sapateiros, eletricistas, pintores, encanadores e pedreiros.
A escassez no Brasil segue uma tendência global, já que na média mundial a falta de profissionais nessa área é a primeira do ranking. O que fazer? Como para muitas dessas profissões não são necessários cursos mais longos, de dois anos, basta um treinamento, trata-se, portanto, de um desafio menos complexo. Segundo Barberis, uma das saídas é conectar melhor jovens sem experiência, mas que querem trabalhar, por meio, por exemplo, de parcerias entre a iniciativa privada e o setor público.

3º Engenheiros

Uma pesquisa da consultoria PageGroup ilustra bem essa escassez. De mil oportunidades de emprego analisadas, 38% eram na área de engenharia. Boom na economia, a descoberta do pré-sal e megaeventos esportivos vêm alavancando o setor.
Para Marcelo De Lucca, diretor da PageGroup, faltou planejamento por parte do governo e das instituições de ensino. Ele cita ainda algumas das áreas da engenharia em que as faculdades voltaram a investir, como geologia, um setor que estava estagnado e que agora voltou a crescer.
O que fazer? De Lucca diz acreditar que as faculdades agora estão correndo para se atualizar e reverter esse cenário de falta de profissionais.
'As universidade começaram a se reposicionar em relação à demanda do mercado de trabalho', afirma. 'Mas isso leva tempo para dar resultado, já que esses jovens vão se formar apenas em quatro ou cinco anos.'

4º Motoristas

Faltam profissionais voltados para o setor de transporte de cargas, ou seja, motoristas de caminhão.
De acordo com a ManpowerGroup, isso se deve a mudanças no setor, como o fato de as transportadoras exigirem experiência e capacidade de conduzir caminhões cada vez mais modernos, com tecnologia avançada. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmam que o número de veículos de carga registrados junto ao órgão é 2,5 vezes maior que o de profissionais inscritos.
O que fazer? No caso de caminhões mais modernos, fornecer mais treinamento.

5º Operadores de produção

O problema é semelhante ao caso dos profissionais de ofício manual, mas esses funcionários têm atuação mais técnica e trabalham na indústria. De acordo com especialistas, o crescimento da demanda não acompanhou o ritmo de formação e treinamento desses trabalhadores.
O que fazer? Segundo especialistas, são necessários cursos mais conectados com a necessidade das empresas. Outra sugestão citada é facilitar o modo como se recruta funcionários, divulgando a vaga em ambientes - reais ou online - frenquentados por jovens.

6º e 7º Profissionais de finanças e Representantes de vendas

Consultores da área de recursos humanos afirmam que empregadores têm sofrido uma dificuldade crescente para encontrar profissionais que atendam ao novo perfil da profissão.
De acordo com os especialistas, quem vende hoje precisa ter um conhecimento mais aprofundado, com mais habilidades na área de finanças e sistemas de comunicação em outros países, além de capacidade de pensar em soluções e gerir equipes.
O que fazer? Como a atividade está agora muito mais sofisticada, é preciso atualizar os cursos e focar nas áreas citadas acima.
Para reter talentos, Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, afirma que são necessários benefícios diferentes do que se oferecia no passado.

8º Profissionais de TI

A escassez diz respeito a área de tecnologia em geral, seja dentro de empresas do setor ou em companhias que nada têm a ver com tecnologia especificamente.
A demanda em TI explodiu tanto em empresas de desenvolvimento de software como em bancos e companhias de telefonia celular, por exemplo, onde se cuida de gestão dos computadores e áreas de sistemas internos. O que fazer? 'As faculdades, como as de TI, precisam de mudanças mais radicais', afirma Barberis. 'O programa Ciência sem Fronteiras é positivo porque têm uma visão mais global, olhando de forma mais ampla. Mas as iniciativas ainda são restritas.'

9. Operários

Os especialistas avaliam que faltam profissionais em diversos setores da indústria brasileira e dizem que a escassez foi gerada pelo aumento da demanda, que tem sido enorme nos últimos anos.
São inúmeras obras por todas grandes capitais e, como os prazos são escassos, não há tempo hábil para se dar oportunidade a quem não tem experiência, de acordo com a ManpowerGroup.
Há também carreiras mais atraentes, e a possibilidade de cursos técnicos acaba afetando a quantidade necessária de trabalhadores no setor. O que fazer? Novamente, a chave é sintonizar melhor as necessidades das indústrias e trabalhadores que buscam emprego.

10º Mecânico

A profissão vive um cenário que mescla a situação do setor de ofícios manuais e a de motoristas, com profissionais com uma habilidade específica, mas que precisa se atualizar.
O que fazer? Novamente, a resolução desse problema passa por mais treinamentos específicos e cursos de atualização, especialmente os ligados à novas tecnologias. Também é preciso atrair jovens sem experiência para essa área.

Fonte: FEITEP

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Estabilidade estrutural de edifícios em aço



Conhecimentos sobre os fenômenos estruturais, as propriedades físicas do aço, além das possibilidades de concepção são determinantes para obtenção de estruturas de aço estáveis de custo competitivo

Pelo mundo afora e também no Brasil, o aço é um material largamente utilizado na construção de edifícios multipavimentos. Os motivos para isso estão na combinação de vantagens como maior velocidade de construção e de retorno dos investimentos, elevada resistência, segurança, esbeltez de elementos estruturais e precisão na execução.

Projetos bem concebidos e que compatibilizem as diversas disciplinas, como arquitetura, estrutura, vedações e instalações, são determinantes para o sucesso técnico e econômico dessas edificações. No caso específico dos prédios em aço, a concepção da estrutura influência sobremaneira a obtenção de construções mais eficientes, de melhor qualidade e com custos mais competitivos.

Quando possível, projetar estruturas que obedeçam a modulações de múltiplos e submúltiplos das medidas utilizadas pela indústria para fornecimento dos perfis de aço é uma das estratégias recomendadas para se obter maior racionalização. A padronização das peças também é um conceito muito importante, já que a repetitividade, via de regra, otimiza o processo de construção em aço.

Outra ação fundamental é que sempre agrega bons resultados é a analise global da estrutura. Afinal, não necessariamente uma estrutura em que o peso é menor será a mais econômica, explica o professor e projetista de estruturas Yopanan Rebello. "O custo de uma estrutura advém da soma dos custos de todos os seus componentes, como lajes, vigas e pilares. Por isso, é importante que a estrutura seja vista como um todo", afirma ele.

Contraventamento e análise do modelo

Sobretudo por causa da elevada resistência do aço e da consequente possibilidade de emprego de peças estruturais de seções esbeltas, a flambagem e a deslocabilidade são fenômenos importantes e que devem ser considerados por arquitetos e projetistas de estruturas no momento de realização de seus projetos.

Uma particularidade das estruturas de aço é a necessidade de contraventamento, solução estrutura que permite as edificações resistirem a esforços laterais de ventos. Quando se projeta uma estrutura, as maiores cargas são as verticais, de peso próprio e sobrecargas de utilização como mobiliário, pessoas e equipamentos. Contudo, em edificações altas ou construídas com elementos estruturais esbeltos, caso das estruturas de aço, os efeitos de vento ou de outras cargas horizontais eventuais tornam-se consideráveis.

Existem diversas e eficazes maneiras de se contraventar uma estrutura de aço, inclusive tirando partido estético disso. É possível, por exemplo, utilizar barras ou cabos de aço que interligam os nós do reticulado de pilares e vigas.

Durante a concepção do projeto, é extremamente recomendável que sejam verificadas a estabilidade global da estrutura, as deformações verticais e horizontais, e a estabilidade local nos pilares. Tal cuidado é necessário para evitar alterações posteriores na geometria, comprometendo os demais projetos e as estimativas de custo do empreendimento.

Diferentes soluções estruturais

Além do contraventamento, há outras maneiras eficazes para se chegar a uma estrutura estável. A concepção de pórticos rígidos, por exemplo, permite deixar livres para a utilização todos os vãos entre colunas, favorecendo a flexibilidade de layout. Por outro lado, essa solução demanda ligações engastadas vigas­-colunas de execução mais elaborada.

Paredes de cisalhamento também podem ser usadas para garantir estabilidade estrutural a um edifício com estrutura de aço. Nesse caso a rigidez horizontal da estrutura é conseguida através de paredes de concreto armado ou alvenaria estrutural, construídas nos vãos entre vigas e colunas, em cada andar. Esse sistema conduz a uma estrutura final leve, contudo pode gerar alguma perda de flexibilidade de circulação interna e de recursos arquitetônicos nas fachadas.

Uma estratégia usual para conferir estabilidade horizontal à estrutura é a introdução de um núcleo central de concreto, que pode ser utilizado também para abrigar elevadores e escadas. Essa solução, muito empregada em edifícios comerciais, mostra-se especialmente conveniente quando a presença do núcleo é necessária por questões de segurança contra incêndios.

Outra possibilidade que pode ser explorada pelos projetistas é a estrutura tubular, que tem esse nome porque se comporta como se fosse um único e enorme tubo, indicada para edifícios de altura elevada. Nesse caso, os pórticos ou contraventamentos são trazidos para as faces externas do edifício ao longo de toda a altura e todo o perímetro, obtendo-se, na forma final, um grande tubo reticulado altamente resistente aos efeitos de flexão e torção.

Fonte: FEITEP

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Resistência às eólicas cresce e setor tenta reagir


Os parques de energia eólica, uma fonte de energia limpa e barata, se espalham rapidamente pelo país. Mas a eletricidade gerada a partir do vento também começa a ser criticada por uma ala do setor de energia, que vê com preocupação a maior dependência em uma fonte de energia intermitente.
Sem vento, uma turbina eólica deixa de gerar energia repentinamente, risco que não existe com as termelétricas, que queimam gás, biomassa ou carvão de forma contínua. Mesmo com escassez de chuvas, uma hidrelétrica também não para de produzir energia abruptamente.

O sentimento antieólicas não aumenta apenas no Brasil, onde o governo passou a ser mais rigoroso com os empreendedores e fornecedores de equipamentos, a maior parte estrangeira. O movimento também é mundial. Tanto assim que a fabricante dinamarquesa de turbinas Vestas lançou neste mês uma campanha para combater o crescente lobby contra a indústria eólica na Austrália, um dos países onde a resistência ao setor é forte.

No Brasil, o presidente da Renova, Mathias Becker, também demonstra preocupação. O executivo afirma que o segmento é vítima de preconceito e que pretende conversar mais com vários representantes do setor de energia para desfazer algumas ideias, a seu ver, "equivocadas", como a percepção de que a eólica seria uma fonte menos confiável que a hidráulica.

É muito mais fácil ventar que chover, diz Becker. A ocorrência de precipitações depende de uma combinação de variáveis meteorológicas bem mais específica, o que faz com que as chuvas também sejam mais imprevisíveis. Os ventos também são mais contínuos. Com isso, a energia gerada por um parque varia menos que a produção de uma hidrelétrica sem reservatório, como as usinas mais novas.

Controlada pela Light/Cemig, pelo Fundo Infrabrasil, focado em infraestrutura, e pela RR Participações, dos empresários Renato Amaral e Ricardo Delneri, a Renova é a maior geradora de energia eólica do país, com mais de mil MW de capacidade instalada. 

Uma das medidas que causou neste ano indignação entre os empresários do setor foi a exclusão das eólicas do leilão de energia nova, que será realizado no dia 29 de agosto. Serão licitadas no certame usinas a carvão, uma das fontes mais poluentes, além de térmicas a gás e biomassa e hidrelétricas. Os contratos firmados no leilão passarão a valer a partir de janeiro de 2018. 
As eólicas serão licitadas em um leilão específico de energia de reserva, no dia 23 de agosto. Mas os projetos terão de estar prontos em dois anos, tempo bem mais curto que os cinco anos que as térmicas a carvão e a gás terão para concluir suas obras. "Queremos competir com o carvão. Somos contra essa proibição", afirma Becker.

Segundo ele, os dois anos de prazo para conclusão dos parques não são triviais e trazem várias consequências para os empreendedores e fornecedores, que precisarão montar uma operação de "guerra". "Não se trata de má vontade, é um problema físico", diz Becker, referindo-se às dificuldades que serão enfrentadas ao longo da cadeia de abastecimento. E os fornecedores certamente repassarão esse empenho aos preços, dizem os empreendedores.

Os obstáculos, porém, não tiraram o apetite dos investidores. A Renova inscreveu para o leilão 500 MW de parques eólicos na Bahia. Outra eólica, a Bioenergy, também afirma ter inscrito 500 MW. Ao todo, foram cadastrados 655 projetos, que somam uma capacidade instalada de 16 mil MW, o maior volume já inscrito até hoje.

Mas, desse total, é esperado que apenas uma pequena parcela seja de fato comercializada no leilão, algo entre 2 mil MW e 3 mil MW. O volume negociado dependerá do preço teto, que ainda não foi estabelecido.
Além do prazo exíguo para a construção dos empreendimentos, o governo aumentou as exigências para os fabricantes, obrigando-os a produzir no país os três componentes: torre, máquina e pás. Os fabricantes que não cumprem com os índices de nacionalização nessas três etapas foram excluídos da linhas de financiamento do BNDES. As mesmas exigências não são feitas para outros setores, queixa-se Becker. 
Sobre a abertura de capital da CPFL Renováveis, Becker responde: "Nunca torci tanto por um concorrente". A chegada de uma segunda empresa do setor na bolsa dará mais visibilidade e mais parâmetros para os investidores, diz o executivo.

A Renova fez sua estreia na bolsa em julho 2010 e, por enquanto, vem se saindo bem melhor que outras elétricas. Neste mês, enquanto o Índice de Energia Elétrica (IEE) da Bovespa acumula uma desvalorização de 12,5%, as ações da companhia subiram 0,58%. Em 2013, os papéis da geradora valorizaram 25%, enquanto o IEE recuou 13,3%.
FONTE: FEITEP