quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dilma Rousseff pronuncia que o Brasil terá custo de energia reduzido para os brasileiros.


  
  A presidenta Dilma Rousseff afirmou, em pronunciamento, que, a partir desta quinta-feira (24), passará a vigorar a redução de 18% na tarifa de energia para os consumidores residenciais. Para o comércio e a indústria, a diminuição será de até 32%. O corte é ainda maior do que o anunciado pela presidenta em setembro de 2012: 16,2% para residências e até 28% para a indústria. Dilma também disse que o Brasil é um dos poucos países que ao mesmo tempo reduz a tarifa de luz e aumenta a produção de energia.

  “Esse movimento simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo”, afirmou Dilma.

  Dilma ressaltou que os investimentos permitirão dobrar, em 15 anos, a capacidade instalada de energia elétrica. A presidenta disse ainda que a redução vai permitir a ampliação do investimento, aumentando o emprego e garantindo mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros.

  “Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média. Ao mesmo tempo, estamos ampliando o investimento na infraestrutura, na educação e na saúde e nos aproximando do dia em que a miséria estará superada no nosso Brasil”.

  A presidenta esclareceu que todos os brasileiros serão beneficiados pela medida, mesmo os atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao esforço feito pelo governo federal para a redução da tarifa.

  “Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. (…) Porque somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais”, finalizou.


Discurso da Presidente Dilma Rousseff sobre redução da tarifa de energia elétrica




23 de janeiro de 2013

 

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Acabo de assinar o ato que coloca em vigor, a partir de amanhã, uma forte redução na conta de luz de todos os brasileiros. Além de estarmos antecipando a entrada em vigor das novas tarifas, estamos dando um índice de redução maior do que o previsto e já anunciado. A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata.

É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros. Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média. Ao mesmo tempo, estamos ampliando o investimento na infraestrutura, na educação e na saúde e nos aproximando do dia em que a miséria estará superada no nosso Brasil.

No caso da energia elétrica, as perspectivas são as melhores possíveis. Com essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico. Somos agora um dos poucos países que está, ao mesmo tempo, baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétrica. Explico com números: como acabei de dizer, a conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até 32% para a indústria, a agricultura, o comércio e serviços. Ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia, e ela irá crescer ainda mais nos próximos anos.

Esse movimento simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo. No ano passado, colocamos em operação 4 mil megawatts e 2.780 quilômetros de linhas de transmissão.

Este ano, vamos colocar mais 8.500 megawatts de energia e 7.540 quilômetros de novas linhas. Temos uma grande quantidade de outras usinas e linhas de transmissão em construção ou projetadas. Elas vão nos permitir dobrar, em 15 anos, nossa capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é de 121 mil megawatts. Ou seja, temos contratada toda a energia que o Brasil precisa para crescer, e bem, neste e nos próximos anos.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil vive uma situação segura na área de energia desde que corrigiu, em 2004, as grandes distorções que havia no setor elétrico e voltou a investir fortemente na geração e na transmissão de energia. Nosso sistema é hoje um dos mais seguros do mundo porque, entre outras coisas, temos fontes diversas de produção de energia, o que não ocorre, aliás, na maioria dos países.

Temos usinas hidrelétricas, nucleares, térmicas e eólicas, e nosso parque térmico, que utiliza gás, diesel, carvão e biomassa foi concebido com a capacidade de compensar os períodos de nível baixo de água nos reservatórios das hidrelétricas. Praticamente todos os anos as térmicas são acionadas, com menor ou maior exigência, e garantem, com tranquilidade, o suprimento. Isso é usual, normal, seguro e correto. Não há maiores riscos ou inquietações.

Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava, e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas.

Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado.

Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país. Vamos reduzir os custos do setor produtivo, e isso significa mais investimento, mais produção e mais emprego. Todos, sem exceção, vão sair ganhando.

Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão, ainda assim, sua conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que eu estou dizendo.

Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.

O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões alarmistas. Nos últimos anos, o time vencedor tem sido o dos que têm fé e apostam no Brasil. Por termos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história. E a maioria dos brasileiros sente e expressa esse sentimento. Vamos viver um tempo ainda melhor, quando todos os brasileiros, sem exceção, trabalharem para unir e construir. Jamais para desunir ou destruir. Porque somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais.

Muito obrigada e boa noite.

Veja o vídeo do pronunciamento AQUI.
Fonte: Planalto

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Para Aneel, há risco de faltar luz na Copa.



  Obras estão atrasadas em 10 das 12 cidades-sede; agência pede "aceleração urgente" e já pensa em alternativas. Em Porto Alegre, pior caso, 25 das 26 melhorias estão fora do prazo; jogo deste ano em Brasília pode ter problemas. 

  O fornecimento de luz para a Copa do Mundo de 2014 está ameaçado em boa parte das cidades-sede, diferentemente do que vem sustentando o governo. É o que mostra um relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), finalizado em dezembro e obtido pela Folha.

  A menos de um ano e meio da abertura dos jogos, mais da metade dos 163 empreendimentos necessários para garantir o fornecimento de energia está atrasada, segundo o documento.

  Apenas 2 das 12 capitais que receberão partidas estão com as obras totalmente em dia: Fortaleza e Recife, em todas as demais -Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Cuiabá, Natal e Curitiba- há atrasos em relação ao cronograma definido pelo governo.

  Na lista de empreendimentos há novas linhas de transmissão e de distribuição, além da ampliação e da modernização de subestações de energia. As obras visam evitar apagões tanto nos estádios quanto nos aeroportos e nas ruas das cidades.

  As capitais que mais preocupam são Porto Alegre, onde 25 das 26 obras, conduzidas pela concessionária CEEE, estão fora do prazo, e Brasília, que apresenta atraso em 10 dos 11 empreendimentos exigidos da CEB. No caso da capital do país, o risco é que haja problemas já na Copa das Confederações, em junho deste ano.

  Uma das linhas de distribuição que levarão luz ao Estádio Nacional Mané Garrincha, por exemplo, que deveria ser concluída em março deste ano, está prometida agora apenas para junho. O estádio sediará a primeira partida do torneio, entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho. 

  Em Porto Alegre, cidade com o maior número de obras atrasadas, a Aneel afirma que é "conveniente tomar medidas junto à concessionária". Também merecem "especial atenção", segundo os técnicos da agência, Manaus, da concessionária Ame (50% de atraso); Rio, servida pela Light (41% de atraso); e Belo Horizonte, atendida pela Cemig (41% de atraso).

  As obras necessárias para evitar apagões durante a Copa e os prazos de entrega foram definidos pelo grupo de trabalho "GT Copa 2014", em julho de 2011. Desde então, cabe à Aneel fiscalizar o cumprimento das determinações.

  O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) chegou a dizer que o grupo foi criado apenas como uma "precaução a mais".

  O documento da Aneel afirma que é necessária a "urgente aceleração do ritmo de implantação das obras". E prevê, aliás, a adoção de "soluções de engenharia alternativas" caso os empreendimentos não fiquem prontos. Elas não são especificadas.

  O Ministério de Minas e Energia afirmou, por meio de nota, que "monitora a implantação das obras de distribuição" e que elas "estarão concluídas antes da Copa".

Outro lado

  Distribuidoras dizem que obras estarão prontas.

  As distribuidoras que atendem as cidades-sede da Copa do Mundo refutam o documento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e defendem que as obras estarão prontas a tempo de atender a maior demanda que virá durante o torneio.

  Nenhuma delas diz ser necessário um "esforço urgente" para compensar esses atrasos, conforme aconselhou a agência reguladora.

  A CEEE, por exemplo, que atende moradores de Porto Alegre, diz trabalhar com prazo de conclusão maior que as demais empresas.

  Apesar de aparecer descumprindo prazos, segundo a Aneel, a empresa diz que a cidade não irá sediar a Copa das Confederações, portanto concluirá as obras a tempo para a Copa, entre dezembro de 2013 e abril de 2014.

  A Light (RJ) informou que já concluiu 3 das 5 obras que aparecem em atraso no relatório da Aneel. As duas obras em atraso, diz a empresa, também estão sob controle.

  A Eletropaulo nega que haja atraso. "Das 23 obras, 12 estão concluídas, 9, em andamento, e 2, em processo final, no prazo estabelecido."

  A Cosern (RN) informou que conseguiu concluir os projetos das obras e não irá prejudicar o cronograma.

  Após adiar datas de 11 de suas obras, a mineira Cemig diz que concluirá todos os projetos em 2013.

  Ao assumir atraso no cronograma inicial, a baiana Coelba diz que as obras serão concluídas com a do estádio - a previsão é fevereiro.

  CEB, Cemat e Copel dizem ter encontrado dificuldades para conseguir o licenciamento ambiental. Esse seria um dos motivos para o atraso. As empresas defenderam que o problema não atrapalhará o fornecimento na Copa.

  A Ame (AM) não comentou os atrasos. 

FONTE: ANACE Brasil

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Demolição silenciosa de arranha-céus gera energia no Japão.


Uma empresa de construção japonesa está a usar uma nova técnica para gerar energia ao demolir um arranha-céus em Tóquio, andar por andar, o processo é inédito. 

A Taisei Corporation está a utilizar uma técnica batizada de "Ecological Reproduction System" (Tecorep) para gradualmente ir fazendo baixar a gigantesca torre do Grand Prince Hotel Akasaka.

Quem observa diariamente a técnica fica incrédulo. O edifício, com 140 metros de altura, está agora com 110 metros. É um método com menos impacto ambiental quando comparado com os atuais métodos de demolição.

Imagem do interior da torre Grand Prince Hotel Akasaka
Primeiro, tudo é retirado do edifício, sendo que os andares de cima são isolados dos inferiores para minimizar possíveis estragos. Os andares de baixo vão sendo deitados por terra, um por um, começando pelo chão e retirando tudo o que é estrutural e cimento.

O material é transportado através de uma grua no interior do edifício que gera energia através do movimento. Essa energia acaba por ser usada para fornecer eletricidade a outros equipamentos envolvidos na demolição.

Todo o equipamento e estruturas do interior podem ser reutilizados, sendo a energia produzida 100 por cento limpa.

De acordo com a Taisei, que já andava a investigar novos métodos para demolir edifícios desde 2008, com esta nova tecnologia as emissões de carbono são reduzidas em 85 por cento, o ruído para entre 17 e 23 decibéis e os níveis de poeira em 90 por cento. Além disso, a demolição pode ser feita sem ter em conta as condições climáticas.

Assista uma parte da demolição do edifício em Tóquio AQUI.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mais hidrelétricas com reservatórios.


  Mesmo as "fontes limpas" de energia causam impacto ambiental, na geração ou no seu uso. O Brasil é privilegiado por compor grande parte de sua matriz energética com fontes limpas, especialmente na geração de eletricidade - pelo menos por enquanto. As pequenas, médias e grandes hidrelétricas respondem por mais de 80% da eletricidade que chega aos lares, ilumina cidades, movimenta indústrias e outros tipos de empresas.

  A extensão territorial em uma posição geográfica que vai do Equador a zonas temperadas ao sul do continente faz com que o Brasil se beneficie de diferentes regimes de chuvas durante o ano. O Nordeste, que tinha apresentado uma leve recuperação na segunda-feira, viu o nível de seus reservatórios recuar de 29,62 para 29,57 por cento, enquanto que no Sul, o nível das reservas caiu de 49,58 para 49,35 por cento. O Sudeste continua com aumento do armazenamento, que passou de 30,43 por cento na segunda-feira para 30,88 por cento na terça-feira. No Norte, o nível também subiu passando de 42,47 para 42,74 por cento.

  Por isso, enquanto rios estão caudalosos em uma área, podem estar relativamente secos em outras. Como o sistema elétrico é nacionalmente interligado, por meio de linhas de transmissão que se entrelaçam em determinados pontos de intercâmbio, é possível transferir eletricidade de regiões onde haja excedentes para as que enfrentam escassez temporária. Um órgão colegiado, o ONS, opera esse sistema com reconhecida competência, buscando despachar prioritariamente a energia mais barata e próxima dos centros de consumo, com a preocupação de assegurar uma reserva para o futuro.

  Nesse processo, que envolve planejamento plurianual e acompanhamento diário das curvas de oferta e consumo de eletricidade, os reservatórios das hidrelétricas cumprem papel fundamental. A água armazenada em reservatórios é essencialmente o que forma essa reserva. As demais fontes de energia são despachadas, da mais barata para a mais cara, a fim de ajudar na administração dessa reserva, ou então por questões técnicas (reforço da rede junto aos centros de consumo) e disponibilidade sazonal - caso da biomassa nos meses da colheita de cana-de-açúcar, por exemplo. 

  Os reservatórios no Brasil são antigos. Muitos surgiram em um período que não havia tanta preocupação com o meio ambiente e respeito a comunidades afetadas pela inundação. Por causa disso, foi-se do oito ao oitenta, e as novas hidrelétricas no Brasil são licenciadas sem reservatórios, mesmo quando existe a possibilidade de formá-los com o menor impacto ambiental possível. O resultado é que o país, agora, precisa de uma retaguarda de usinas termoelétricas que, além de gerarem uma eletricidade mais cara, causam mais impacto ambiental que um reservatório com igual capacidade de produção de energia.

  É um contrassenso, e, na prática, estamos vendo este ano a consequência dessa política bisonha. A maior parte dos reservatórios se concentra nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, nas quais as chuvas atrasaram e podem não ser suficientes para recompor o volume de água necessário ao funcionamento previsto das hidrelétricas. Usinas termoelétricas precisarão funcionar por mais tempo, o que pesará sobre as tarifas de energia. E ambientalmente 2013 será um ano negativo, pois o país emitirá mais gases poluentes. A política contrária a reservatórios precisa ser revista. 

Fonte: ANACE

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A era das lâmpadas incandescentes está chegando ao fim


   Uma das invenções mais importantes da história só poderá ser vista em museus dentro de alguns anos. A lâmpada incandescente, inventada por Thomas Edison em 1879, terá a venda proibida em diversos países do mundo até o final do ano. No Brasil, o banimento será gradual até 2017. O problema das incandescentes é o consumo de energia. Essas lâmpadas convertem só 5% da eletricidade consumida em luz — o restante é eliminado em forma de calor. Em um mundo cada dia mais preocupado com as questões de sustentabilidade e de redução de custos, não há mais espaço para um desperdício desse tamanho. O argumento pró-aposentadoria das incandescentes ganha força quando se examinam as opções disponíveis — e as novidades que estão a caminho. 

   De certa forma, chegou a vez de a iluminação ganhar destaque no que se convencionou chamar de eficiência energética. Um refrigerador hoje gasta metade da energia que um fabricado em 1993. Uma lâmpada de LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz) gasta um décimo da energia de uma incandescente e dura muito mais, até 40 anos. Por enquanto, seu preço ainda é uma barreira. Nos Estados Unidos, custa, em média, 15 dólares, e no Brasil, 80 reais. Mas, segundo um estudo da consultoria americana McKinsey, isso não deve ficar assim por muito tempo. 

  A previsão é que os valores tenham uma queda de 30% ao ano até 2016. A McKinsey calcula que, dentro de oito anos, a tecnologia LED passará dos atuais 7% de participação no mercado mundial de iluminação para 50%. As novas lâmpadas, dessa forma, seguiriam o padrão de produtos com tecnologia de ponta. Na década de 50, com o início da popularização das TVs, as famílias americanas gastavam 10% de sua renda anual para comprar um aparelho. Hoje, o preço de um produto comparável equivale a 0,8% da renda. O que dá sustentação à ideia de que as lâmpadas mais eficientes vão se espalhar pelo mundo é o incentivo financeiro. Ao aderir, os consumidores gastam menos com energia. De acordo com estimativas, para cada tonelada de CO2 que uma empresa deixa de produzir ao trocar suas lâmpadas, há redução de 183 dólares por ano nos gastos com energia. 

  Nos cálculos do Departamento Nacional de Energia dos Estados Unidos, a troca de lâmpadas incandescentes por LED nas residências gera uma economia de até 50 dólares por ano. "O gasto com iluminação representa, em média, 20% do consumo mensal de energia de uma residência no Brasil", diz Gilberto Januzzi, professor de sistemas energéticos da Unicamp. "Com a troca de lâmpadas, pode cair para menos de 10%." Além das lâmpadas de LED, começam a aparecer alternativas nas prateleiras dos supermercados dos países ricos — e que, mesmo com atraso, devem chegar ao Brasil. A startup americana Switch acrescentou um sistema de resfriamento líquido às lâmpadas de LED. Lançada no início deste ano, a tecnologia faz com que elas durem mais de 20 anos. 


  Nos laboratórios da holandesa Philips dá para ter uma ideia de qual é a nova fronteira nesse segmento. Lá, bactérias bioluminescentes produzem luz processando restos de material orgânico, como o lixo. No Mas sachusetts Institute of Technology (MIT), o foco é fazer o LED absorver o calor do ambiente e convertê-lo em luz. "No futuro, apenas uma fração da energia que é utilizada pelos LEDs de hoje será necessária", diz Rajeev J. Ram, professor de engenharia elétrica no MIT. Nas últimas décadas, os eletrodomésticos ficaram mais eficientes em termos energéticos, mas, como milhões de novos consumidores tiveram acesso a eles, o consumo doméstico de eletricidade aumentou. 

  Caso pesquisas como as da Philips e do MIT tenham sucesso, as lâmpadas poderão quebrar esse padrão. Com um ganho brutal na eficiência energética, talvez seja possível levar luz ao 1,4 bilhão de pessoas que ainda vivem na escuridão — sem aumentar a conta e sem agredir o meio ambiente. 

AS LUZES DO FUTURO 
Uma nova geração de tecnologias oferece a mesma quantidade de luz gastando menos energia — e já há estudos de lâmpadas que funcionam sem depender da eletricidade.Veja mais detalhes aqui





terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Explosão de empregos na construção civil em Maringá.



Os maringaenses assistiram em 2012 a avanços nunca antes vistos no setor de construção civil. No período foram liberados para construção mais de 1,37 milhão de metros quadrados. O número é recorde no município - e quase 26% maior do que o ano anterior.o. Crescimento maior ainda teve o número de empregos gerados: foram 1.887, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), contra um saldo de apas 49 vagas em 2011. 

“Foi um de nossos melhores anos de toda a história. Só não arrumou emprego quem não quis. Ainda hoje sobram muitas vagas no setor”, comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Maringá (Sintracom), Jorge Moraes. O que justifica essa alta, segundo especialistas, é a quantidade de grandes obras - que ainda estão em andamento. 

“São obras de grande porte e que ainda estão em fase de conclusão”, destacou o secretário de Planejamento, Laércio Barbão. E na pasta, quase 90% dos projetos de liberação de construção são de imóveis residenciais, o que acarreta uma diversificação maior na necessidade de mão de obra. “Notamos uma demanda grande de trabalhadores em diversos setores de uma obra. Desde serventes a carpinteiros, por exemplo. As empresas que nos procuram têm grande dificuldade em encontrar essas pessoas”, comentou o chefe da Agência do Trabalhador de Maringá, Maurílio Mangolin. 

Nos canteiros de obra, o trabalho é intenso para cumprir prazos e metas. Se não há mão de obra qualificada na cidade, há empresas que trazem trabalhadores de outros municípios. “Aqui temos gente de cidades do Estado de São Paulo e de outros municípios do Paraná. Tem oportunidade pra todo mundo, até para quem não tem experiência. Hoje, as empresas oferecem muitas condições para quem quer”, comentou o técnico de segurança de trabalho de uma grande construtora, Silvio Sena. 


Ele próprio é um dos exemplos. Há mais de 6 anos, trabalha nos canteiros de obra. “Vale a pena. Ainda mais quando a gente trabalha em uma empresa que incentiva o crescimento do funcionário. O pessoal trabalha bem mais animado”, ressalta. Somente na obra em que ele trabalha, são 220 operários. 


Eles vão erguer duas torres de 19 andares cada. O prédio deve ficar pronto em abril de 2014.  E se depender dos empresários do setor, o grande momento deve continuar por alguns anos. É o que espera o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Noroeste do Paraná (Sinduscon-Nor), Mauro Carvalho Duarte Júnior. 

“Na verdade, esse número positivo é um embalo que teve antes de 2012 e não parou. Estamos otimistas, e já no primeiro trimestre deste ano esperarmos ter um crescimento nesse ritmo”, disse. 

Ainda segundo Duarte, outros fatores favorecem essa alta no setor. “Tivemos recentemente bons incentivos do governo,como a redução de impostos trabalhistas para a construtoras, que facilitaram o desenvolvimento.”
  
E para quem busca uma oportunidade em uma das áreas de maior expansão do País, a dica dos especialistas é buscar qualificação. “Há muitas empresas que não oferecem treinamento. Por isso, se o trabalhador tem um curso que o habilita para atuar em qualquer ramo da construção, basta ele se dedicar que consegue uma oportunidade. No ano passado, por exemplo, tivemos vagas todos os meses”, ressaltou o chefe da Agência do Trabalhador. 

Para o técnico de segurança de trabalho, basta ter força de vontade. “Se o trabalhador se esforçar, dentro de uma obra ele pode crescer e ter boa remuneração. Já vi gente que entrou como servente e hoje opera máquinas e tem um bom salário”, comenta Sena.