terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Explosão de empregos na construção civil em Maringá.



Os maringaenses assistiram em 2012 a avanços nunca antes vistos no setor de construção civil. No período foram liberados para construção mais de 1,37 milhão de metros quadrados. O número é recorde no município - e quase 26% maior do que o ano anterior.o. Crescimento maior ainda teve o número de empregos gerados: foram 1.887, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), contra um saldo de apas 49 vagas em 2011. 

“Foi um de nossos melhores anos de toda a história. Só não arrumou emprego quem não quis. Ainda hoje sobram muitas vagas no setor”, comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Maringá (Sintracom), Jorge Moraes. O que justifica essa alta, segundo especialistas, é a quantidade de grandes obras - que ainda estão em andamento. 

“São obras de grande porte e que ainda estão em fase de conclusão”, destacou o secretário de Planejamento, Laércio Barbão. E na pasta, quase 90% dos projetos de liberação de construção são de imóveis residenciais, o que acarreta uma diversificação maior na necessidade de mão de obra. “Notamos uma demanda grande de trabalhadores em diversos setores de uma obra. Desde serventes a carpinteiros, por exemplo. As empresas que nos procuram têm grande dificuldade em encontrar essas pessoas”, comentou o chefe da Agência do Trabalhador de Maringá, Maurílio Mangolin. 

Nos canteiros de obra, o trabalho é intenso para cumprir prazos e metas. Se não há mão de obra qualificada na cidade, há empresas que trazem trabalhadores de outros municípios. “Aqui temos gente de cidades do Estado de São Paulo e de outros municípios do Paraná. Tem oportunidade pra todo mundo, até para quem não tem experiência. Hoje, as empresas oferecem muitas condições para quem quer”, comentou o técnico de segurança de trabalho de uma grande construtora, Silvio Sena. 


Ele próprio é um dos exemplos. Há mais de 6 anos, trabalha nos canteiros de obra. “Vale a pena. Ainda mais quando a gente trabalha em uma empresa que incentiva o crescimento do funcionário. O pessoal trabalha bem mais animado”, ressalta. Somente na obra em que ele trabalha, são 220 operários. 


Eles vão erguer duas torres de 19 andares cada. O prédio deve ficar pronto em abril de 2014.  E se depender dos empresários do setor, o grande momento deve continuar por alguns anos. É o que espera o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Noroeste do Paraná (Sinduscon-Nor), Mauro Carvalho Duarte Júnior. 

“Na verdade, esse número positivo é um embalo que teve antes de 2012 e não parou. Estamos otimistas, e já no primeiro trimestre deste ano esperarmos ter um crescimento nesse ritmo”, disse. 

Ainda segundo Duarte, outros fatores favorecem essa alta no setor. “Tivemos recentemente bons incentivos do governo,como a redução de impostos trabalhistas para a construtoras, que facilitaram o desenvolvimento.”
  
E para quem busca uma oportunidade em uma das áreas de maior expansão do País, a dica dos especialistas é buscar qualificação. “Há muitas empresas que não oferecem treinamento. Por isso, se o trabalhador tem um curso que o habilita para atuar em qualquer ramo da construção, basta ele se dedicar que consegue uma oportunidade. No ano passado, por exemplo, tivemos vagas todos os meses”, ressaltou o chefe da Agência do Trabalhador. 

Para o técnico de segurança de trabalho, basta ter força de vontade. “Se o trabalhador se esforçar, dentro de uma obra ele pode crescer e ter boa remuneração. Já vi gente que entrou como servente e hoje opera máquinas e tem um bom salário”, comenta Sena. 



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