quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Brasil entre os líderes em construção sustentável

O Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, de acordo com o órgão internacional Green Building Coucil (US GBC). "Começa a despontar como um dos países líderes desse mercado, que vem crescendo muito nos últimos anos". informou o gerente técnico do GBC Brasil, Marcos Casado.

O primeiro prédio sustentável brasileiro foi registrado em 2004. O conceito começou a ganhar força, porém, a partir de 2007, informou Casado. De 2007 até abril de 2012, o Brasil registra um total de 526 empreendimentos sustentáveis, sendo 52 certificados e 474 em processo de certificação no US GBC. Até 2007, eram apenas oito projetos brasileiros certificados.

O ranking mundial é liderados pelos Estados Unidos, com um total de 40.262 construções sustentáveis, seguido da China, com 869, e os Emirados Árabes Unidos, com 767. Marcos Casado lembrou que. nos Estados Unidos, esse processo começou 15 anos antes do que no Brasil. "Eles já têm uma cultura toda transformada para isso e nós ainda estamos nessa etapa inicial de mudar a cultura e provar que é viável trabalhar em cima desse conceito na construção civil, que é um dos setores que mais causam impacto ao meio ambiente". 

Para Casado as construções sustentáveis são uma tendência mundial. "A gente tem hoje, só em certificação Leed (leadership in Energy and Environmental Design) no mundo, mais de 60 mil projetos. Então, é uma tendência muito grande e a gente percebe que esse número cresce a cada dia". Desde agosto do ano passado, vem sendo registrado pelo menos um projeto por dia útil no Brasil, buscando certificação. Marcos Casado estima que até o fim desde ano, o número de empreendimentos sustentáveis brasileiros em certificação alcance entre 650 e 700.

Prédios vedes.

Os chamados prédios verdes não têm, entretanto, nível de emissão zero de gás carbono. "Mas a gente reduz muito esses impactos", explicou o gerente. em vários países do mundo, neutralizam o carbono emitido. Essa tecnologia, entretanto, ainda não foi implantada no Brasil. "Acredito que, em breve, em cinco ou dez anos no máximo, a gente vai estar com esses edifícios também no Brasil".

Para os moradores de prédios sustentáveis, também há benefícios, declarou. "Para o usuário comercial ou residencial, a grande vantagem está no curso operacional, porque eu reduzo, em média, em 30% o consumo de energia, entre 30% e 50% o consumo de água, além de diminuir a geração de resíduos". O custo operacional fica, em média, entre 8% e 9% mais barato do que em um prédio convencional. Por isso, relatou Casado, os prédios sustentáveis são mais valorizados pelos construtores e apresentam preço mais alto. "A contrapartida vem no custo operacional. Acaba sendo mais barata a operação e ele equilibra esse custo financeiro".

O GBC Brasil está iniciando um trabalho com a Companhia de Desenvolvimento Urbano de São Paulo para incorporar o conceito de sustentabilidade também em construções populares. Cobertura verde, aproveitamento da água pluvial, aquecimento solar e aumento do pé direito para melhoria do conforto são alguns dos itens em estudos. "Isso acaba barateando o custo operacional".
FONTE:  Portal Brasil

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