quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Maringá ganha incentivo do Governo Federal para o setor da construção civil.


Com a injeção de mais de R$ 2 bilhões em financiamentos mais baratos para a indústria do setor e a redução da carga tributária na construção civil, o Governo Federal quer reaquecer o segmento. A medida foi anunciada ontem pelo ministro da fazenda Guido Mantega. Em Maringá, a notícia surpreendeu e, ao mesmo tempo, animou representantes do setor.
Segundo empresários e o sindicato dos trabalhadores, a construção civil vive um bom momento. "O mercado está estável, o que é um bom sinal. Esperamos que com essas medidas anunciadas pelo governo, a situação melhore ainda mais", comentou o presidente da Central de Negócios Imobiliários de Maringá, Claudiomar Sandri.
De acordo com o empresário, após uma grande alta dos preços, ocorrida há pouco mais de um ano, o mercado passou por uma estabilização. "Houve uma alta significativa no valor dos imóveis, mas, hoje, a situação está equilibrada. Mesmo assim, o giro é grande em Maringá. Pessoas de outras cidades e até países investem aqui", destacou.
O presidente do sindicato que representa as revendas de produtos para a construção civil (Simatec), Valdeci Aparecido da Silva, também ficou animado com a notícia. "Para 2012, projetamos crescer 10%, mas aumentamos, em média, 8% o nosso faturamento. Foi um bom crescimento. Para 2013, a nossa estimativa é de que a gente cresça em torno de 8%", ponderou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Sintracom), Jorge Moraes, ficou surpreso com a informação. Segundo ele, hoje, a principal necessidade é a de mão de obra qualificada. "Falta gente em todos os setores da construção. As empresas sabem disso e se programam para evitar que a obra fique parada", ressaltou.
Segundo Moraes, cerca de 10 mil pessoas dependem, hoje, da construção civil em Maringá e região. "A remuneração está boa. O bom profissional ganha o quanto quiser na profissão. Com essa medida, a situação deve ficar ainda melhor", declarou.
As mudanças começam a valer a partir de março do ano que vem. Além da injeção para o financiamento, as empresas do setor passarão a recolher a contribuição previdenciária dos trabalhadores com uma alíquota de 2% sobre o faturamento bruto - a alíquota de 20% sobre a folha de pagamento será zerada. Com isso, a renúncia fiscal da Receita Federal será de R$ 2,85 bilhões em 2013.
Mantega ressaltou que a medida é de caráter permanente. De acordo com a legislação em vigor, criada no programa Brasil Maior, a desoneração da folha de pagamentos vai até dezembro de 2014.
Segundo o ministro,hoje, as empresas recolhem R$ 6,2 bilhões, por ano, à Previdência. Com a nova fonte de tributação (o faturamento bruto, e não mais a folha de pagamento), vão pagar R$ 3,4 bilhões anuais.
"São R$ 2,8 bilhões a menos que o setor pagará para o ano. Poderá reduzir preços dos imóveis, aumentar produtividade e ampliar os investimentos no setor", declarou Mantega.

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